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Acidentes de viação provocam mais de cem mortes na região

Um total de 102 pessoas morreu, vítima de acidente de viação, resultante dos 545 acidentes registados, ao longo do primeiro semestre do ano em curso, no Huambo, anunciou o director da Viação e Trânsito, Simões Coelho.

O também superintendente-chefe da Polícia Nacional na região, que prestou a informação sexta-feira, na cidade do Huambo, disse que, a nível da província, os municípios com mais casos de acidentes foram os do Huambo, Caála, Londuimbali, Catchiungo, Ecunha e Chicala Choloanga.

O responsável apontou o excesso de velocidade, condução sob efeito de bebidas alcoólicas  e a falta de precaução, mau estado técnico dos veículos, mudança irregular de direcção, condução ilegal, como as principais causas dos acidentes de viação registados nas estradas.

O oficial de Viação e Trânsito sublinhou, por outro lado, que os dados apresentados pela Comissão Provincial de Viação e Ordenamento do Trânsito devem merecer uma profunda reflexão.

Por isso, apelou a uma maior consciencialização da sinistralidade rodoviária,  envolvendo, por este facto, os educadores e professores, pais e encarregados de educação, autoridades tradicionais, entidades religiosas, políticos, organizações da sociedade civil e cidadãos singulares no combate à sinistralidade rodoviária.

 O número um da Viação e Trânsito no Huambo esclareceu que a faixa etária das pessoas que morreram, em consequência de acidentes rodoviários, ronda entre os 15 e 40 anos, na maioria crianças e adolescentes. Acrescentou, também, que a falta de sinalização rodoviária tem provocado muitos acidentes fatais sobretudo nas artérias da cidade, devido à escassez de sinalização rodoviária vertical e horizontal.

O superintendente-chefe Simões Coelho lamentou que este facto tem causado constrangimentos, porque a situação preocupa os munícipes que ainda se sentem desprotegidos, em virtude de muitos condutores ou automobilistas, não obedecerem aos limites de velocidade dentro das localidades. O oficial da Polícia Nacional avançou que onde se devia reduzir a velocidade, desrespeitam-se as regras estabelecidas no Código de Estrada, passando dos 60 para 100, o que tem resultado em mortes.

Governadora mostra preocupação com os casos registados

Num encontro do Conselho Provincial de Viação e Ordenamento do Trânsito, realizado no primeiro semestre deste ano, a governadora do Huambo, Lotti Nolika, disse que devem ser tomadas medidas urgentes e pontuais, a fim de se minimizar os efeitos catastróficos da sinistralidade rodoviária a nível desta região do Planalto Central.

A esse respeito, realçou que a actual preocupação do Governo passa, essencialmente, por encontrar métodos e mecanismos tendentes a minimizar os efeitos resultantes do convívio na estrada, envolvendo desta maneira, a participação massiva da população em questões relacionadas com a paz e a segurança rodoviária tão almejada.

Lotti Nolika lembrou que o conselho de Viação e Ordenamento do Trânsito é um órgão instituído por força do Decreto Presidencial nº 18/13, de 15 de Abril, tendo como missão específica assessorar o Governo na concepção de programas e políticas de viação e trânsito, bem como acompanhar e divulgar as medidas aprovadas para a prevenção da sinistralidade rodoviária. Neste âmbito, apelou às instituições do ensino superior no sentido de criarem soluções científicas com o fim de auxiliar o Governo na contenção dos casos de acidentes de viação, que diariamente provocam mortes.

A Direcção Provincial de Trânsito e Segurança Rodoviária no Huambo, durante o primeiro semestre deste ano, arrecadou aos cofres do Estado mais de 40 milhões de kwanzas, fruto da emissão de centenas de cartas de condução e outros serviços.

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