Os Estados Unidos da América consideram que Angola não se esforçou o suficiente para combater o tráfico humano, de acordo com um relatório apresentado em Washington.
De acordo com o mesmo relatório o Governo Angolano não cumpriu os padrões mínimos para eliminar o tráfico de seres humanos, mas adianta que o governo está a fazer esforços neste sentido. O relatório do departamento de estado Norte-Americano destaca como esforços feitos pelo nosso país a condenação de vários traficantes, incluindo cinco funcionários públicos, com sentenças de prisão, dedicação de fundos para o combate ao tráfico de seres humanos, incluindo para a aplicação de um plano de ação nacional.
Angola foi posta no nível 2, de três níveis possíveis, sendo que no primeiro nível constam os Estados que têm em consideração os padrões mínimos da lei norte-americana para a proteção de vítimas de tráfico e os do nível 3 incluem os que não cumprem quaisquer padrões.
Os do nível 2 incluem os países que não cumprem os padrões, mas estão a fazer esforços.
A Secretária de Estado dos Direitos Humanos, Ana Celeste Januário, reagiu ao relatório do Departamento de Estado Americano. Em entrevista à rádio nova, a Secretária explicou os passos que têm sido dados pelo governo, para melhores resultados:
“Angola no ano passado subiu do nível dois de observação para o nível dois. É importante dizer aqui que ao nível dos países africanos, o único que se encontra no nível 1 é a Namíbia, e dentro da região onde Angola se encontra só tem 5 países no nível 2. Em suma, o facto de Angola estar no nível 2 é graças aos esforços que nós temos estado a fazer no combate ao tráfico humano…”
Por outro lado, as províncias fronteiriças têm sido apontadas como as mais atingidas com o tráfico de seres humanos, bem como fala-se do aliciamento de crianças na região fronteiriça do Cunene.
O relatório salienta que o governo angolano continua sem alcançar padrões mínimos em algumas aéreas e falhou investigações de tráfico de seres humanos. Para o departamento de Estado Norte-Americano, o governo angolano também “diminuiu os esforços de identificação das vítimas” e apesar de ter lançado um serviço para receber denúncias de tráfico de seres humanos, não foram alocados recursos humanos para realizar as investigações.