Angola e República Democrática do Congo discutem hoje, a partir das 16h30, a primazia do Grupo D, da 25ª edição do Campeonato Africano das Nações (CAN) em andebol sénior masculino, a decorrer no Cairo, Egipto, até 18 deste mês.
Igualados a quatro pontos, mercê de dois triunfos, em igual número de jogos, angolanos e congoleses capitalizam as atenções da terceira e última jornada da fase preliminar do CAN, no Pavilhão Internacional 6 de Outubro.
A julgar pelo desfecho do último “duelo” no Mundial de 2021, com vitória da RDC, hoje, os oponentes entram para a quadra com o favoritismo repartido. Às ordens de José Pereira “Kidó”, os Guerreiros estão avisados da envergadura e nível do adversário.
Caso esteja disposto a fazer uma partida irrepreensível, ao “sete” nacional recomen-da-se concentração máxima, eficácia no ataque e consistência defensiva. O combinado angolano jamais se deve intimidar com a compleição física dos oponentes.
A rapidez nas transições, aliada às saídas rápidas para o contra-ataque podem, igualmente, criar algum desequilíbrio na selecção congolesa. Kidó, seguramente, deseja que os jogadores possam interpretar da melhor forma as orientações saídas do banco.
Depois da ousadia do ano passado, curiosamente também no Cairo, os congoleses mostram-se confiantes em repetir a proeza. Cientes da qualidade dos antagonistas, os pupilos de Francis Tuzolana sabem que a vitória anterior faz parte do passado e hoje precisam de escrever um novo capítulo.
Ainda hoje, às 14h00, o Senegal tenta o primeiro triunfo diante da Zâmbia. Ambos sem pontos, senegaleses e zambianos pretendem esboçar, sem mácula, os argumentos técnicos e tácticos, com o objectivo de vencer.
Face ao protagonizado nos encontros anteriores, o equilíbrio pode ser o tónico mais marcante, porém, com ligeira ascensão dos compatriotas de Sadio Mané.
Guerreiros vergam senegaleses
A Selecção Nacional derrotou, ontem, por 32-25, a similar do Senegal, em partida disputada no Pavilhão Hassan Mostafa, a contar para a segunda ronda do CAN.
Com uma primeira parte incaracterística, marcada pelo equilíbrio, o combinado angolano passou por dificuldades para travar a irreverência do conjunto senegalês.
Depois do parcial de 3-0, aos 12 minutos, o Senegal igualou o marcador (7-7), para gáudio dos pupilos de Fred Bougeant. Inconformado, Kidó mudou o sistema defensivo, de 5-1 para 3-3. A mudança deu uma lufada de ar fresco e obrigou o adversário a errar, mas não passou da intenção.
Os senegaleses mantiveram-se aguerridos e jogados 30 minutos saíram ao intervalo empatados a 15 golos. Na segunda parte, os Guerreiros entraram decididos a anular os pontos fortes e frustrar os propósitos dos oponentes.
Aguinaldo Tati, Gabriel Teca e Jaroslav Aguiar, os três pivôs, formaram o bloco defensivo do combinado angolano. No ataque, Valdemiro Paulo, Adelino Pestana “Amarelo” e Edvaldo Ferreira “Morenos” assumiram as despesas.
Com as alterações, os senegaleses recuaram, pois era difícil visar a baliza defendida por Custódio Gouveia “Bana”. Mais compenetrados, aos 15 minutos, os comandados de José Pereira venciam por 22-18. Nos minutos derradeiros, Angola optou por jogo mais “cerebral”, para o desespero dos oeste-africanos. Amarelo foi o Jogador Mais Valioso (MVP) do encontro.
Ainda ontem, no mesmo recinto, a Zâmbia perdeu, por 24-43, com a República Democrática do Congo. Jogados 30 minutos da primeira parte, os congoleses já venciam com o parcial de 21-10, ante a dinâmica imposta no encontro. Na etapa complementar, os pupilos de Elisa Ruyooka continuaram a não ter estofo para travar o ímpeto ofensivo dos co-mandados de Francis Tuzolana. Com a derrota, a Zâmbia ocupa a última posição do grupo.