Cinquenta e duas pessoas morreram vítimas de malária, durante o terceiro trimestre deste ano, na província do Cunene, mais 15 óbitos em comparação ao igual período anterior.
Essa informação foi prestada ontem(09) aos jornalistas, pelo responsável da área de estatística do Gabinete Provincial da Saúde, Isaac Jongolo Tomás, onde disse que as mortes resultaram de 14 mil e 214 casos diagnosticados nas unidades sanitárias dos seis municípios da província.
Comparativamente ao último trimestre, registou-se o aumento de cinco mil e 164 casos de malária, situação que preocupa as autoridades sanitárias, principalmente por afectar mais crianças, menores de cinco anos de idade, e gestantes.
Isaac Tomás apontou o incumprimento das medidas de prevenção da doença, como o uso de mosquiteiro, o fraco saneamento básico em algumas localidades e a chegada tardia dos pacientes às unidades sanitárias, como estando na base deste aumento.
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Falou também da insuficiência de fármacos e reagentes para testagem em várias unidades sanitárias, bem como a falta de realização de campanhas anti-vectorial e de distribuição de mosquiteiros impregnados com insecticida, como sendo outras causas do aumento da doença.
O responsável citou os municípios do Cuanhama, Namacunde, Ombadja e Curoca, como sendo os que mais casos de malária registam ao nível dos seis municípios que compõem a província do Cunene.
Defendeu a necessidade de haver um maior envolvimento da população na luta contra a malária, assim como o reforço do saneamento básico no âmbito familiar e nas comunidades.