O Banco Nacional de Angola (BNA) em parceria com a Empresa Interbancária de Serviços (EMIS) decidiu assumir um papel activo no desenvolvimento deste novo instrumento de pagamento, estratégia em parte concretizada com o lançamento, ontem, do produto “Kwik Kwanza instantâneo”.
É um instrumento de pagamento moderno adaptado à realidade do mundo não bancário inclusivo e de fácil utilização.
Segundo o governador do BNA, Angola tem, actualmente, uma taxa de bancarização baixa, o que significa dizer que grande parte da população adulta se encontra excluída do acesso aos serviços bancários.
Manuel Tiago Dias, que discursava no lançamento do novo produto da Emis “Kwik Kwanza instantâneo”, lançado, ontem, na FILDA, disse que se Angola está relativamente bem no que toca aos serviços bancários clássicos, colocando-se ao nível do que melhor se pratica em África, o mesmo não se pode dizer no que toca às soluções orientadas para a população não bancarizada, onde as ofertas existentes são ainda muito limitadas.
“O acesso aos serviços financeiros elementares ao começar pelas transferências instantâneas de fundos é muito importante não só para promover a formalização da economia como também para pavimentar o caminho de acesso ao microcrédito que é o objectivo maior de um programa de inclusão financeira” disse. BNA está a avaliar aplicar uma moratória alargada relativamente aos custos de interoperabilidade com o arranjo Kwik para todos os prestadores de serviços participantes.
Explicou ainda que, para que um instrumento desta natureza seja verdadeiramente inclusivo, é fundamental que tenha uma marca única amplamente conhecida pelo público e aceite pela generalidade dos prestadores de serviços de pagamento tal como acontece hoje com os cartões nomeadamente os cartões da marca multicaixa.
As “Transferências Instantâneas – Kwik” e o cartão multicaixas correspondem assim a dois instrumento de pagamentos, que deverão coexistir de forma integrada no mercado dos serviços de pagamento.
O lançamento do Kwik é o culminar de um programa iniciado pela EMÍS há cerca de dois anos com o apoio do BNA.