O Colégio Presidencial da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) suspendeu, no ínicio dessa semana, em Luanda, o partido Bloco Democrático (BD) da organização, mantendo a sua participação no Grupo Parlamentar.
Segundo o comunicado oficial da reunião extraordinária do Colégio Presidencial da CASA-CE com o Bloco Democrático, que chegou a nossa redação, a decisão resulta do facto da Comissão Política do BD ter decidido, no final de semana, cumprir apenas o actual mandato no seio da coligação, mas não renovar o acordo de participação nas eleições gerais, previstas para 2022.
Essa informação surge pelo facto de a direcção do BD ter decidido, adaptar a sua participação no seio da CASA-CE, retirando-se de todas as estruturas ligadas à estratégia eleitoral, quer a nível central, quer intermédio e de base.
MAIS: Projecto Frente Patriótica Unida apela adoção de programa de emergência
De igual modo, salienta ainda o documento, o Bloco Democrático decidiu, na reunião do final de semana, manter o apoio prestado à CASA-CE no domínio da gestão contabilística, reforçar a sua presença na gestão do Grupo Parlamentar, assumir tarefas relativas à vice-presidência do património da coligação e manter intactos todos os direitos adquiridos por via das eleições gerais de 2017, nomeadamente a quota dos comissários à CNE e as verbas alocadas aos partidos, trimestralmente.
Em face disso, o Colégio Presidencial decidiu apreciar, a posterior, questões inerentes a manutenção dos direitos adquiridos pelo BD como membro, no mandato 2017-2022, assim como remeter aos órgãos deliberativos dos partidos políticos coligados a responsabilidade de decidirem sobre a permanência ou não na Coligação, até 2022, conforme proposta apresentada pelo partido.
O Bloco Democrático está, nos últimos tempos, engajado no projecto político Frente Patriótica Unida (FPU), integrada pela UNITA e o político Abel Chivukuvuku, movimento que pretende concorrer, de forma unida, contra o MPLA, nas eleições de 2022.