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Cimeira da Gavi vai angariar fundos para os países em desenvolvimento

A aquisição de financiamento de vacinas para os países em desenvolvimento domina, hoje, no Centro de Artes, em Bruxelas, a Cimeira da Aliança Global de Vacinas (Gavi), na qual participa o Chefe de Estado, João Lourenço, na condição de Presidente da União Africana.

Na reunião de alto nível sobre saúde, vão discursar, além do líder da organização continental, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente da Fundação Gates, Bill Gates, e o presidente do Conselho da Gavi, Durão Barroso.
De acordo com os dados apurados pelo Jornal de Angola, o objectivo da Cimeira, co-organizada pela União Europeia e a Fundação Gates, do multimilionário Bill Gates, é recolher nove mil milhões de euros entre 2026 e 2030.
Promovida sob o lema “Cimeira Global: Saúde e Prosperidade através da Imunização”, o evento representa um marco fundamental na missão colectiva dos Estados em promover a saúde e o desenvolvimento dos países apoiados pela Gavi, entre os quais figura Angola, durante os próximos cinco anos.
A Cimeira de Bruxelas constitui, também, uma oportunidade fundamental para reunir os líderes em torno da saúde mundial e para garantir o apoio dos doadores tradicionais e dos mais recentes aos objectivos da Gavi, no âmbito do novo período estratégico.
A busca de um financiamento para a Gavi, através desta Cimeira, permitirá imunizar mais 500 milhões de crianças, salvar mais de oitomilhões de vidas e proteger contra 150 surtos de doenças preveníveis pela vacinação, para além de reforçar a segurança sanitária mundial e gerar mais de 100 biliões em benefícios económicos.
A Gavi é uma aliança global de vacinas que reúne intervenientes públicos e privados, que ajudam a vacinar mais de metade das crianças do mundo contra algumas das doenças mortais.
A Fundação Gates e a União Europeia são os maiores patrocinadores da Gavi, que tenciona vacinar, pelo menos, 500 milhões de crianças nos próximos cinco anos.
Financiamento da UE 
Desde 2003, a União Europeia já concedeu 3,2 mil milhões de euros de financiamento à Gavi, tendo a cooperação entre ambas sido reforçada durante a pandemia da Covid-19, no âmbito do programa COVAX.
As instituições da UE, juntamente com os Estados-membros, também contribuíram com 2,55 mil milhões de euros para os programas da Gavi, o que corresponde a um terço do orçamento da campanha.
Fundação de Bill Gates
Num comunicado de imprensa sobre a reunião de hoje, em Bruxelas, a Fundação Gates refere que fez o primeiro investimento na Gavi há 25 anos, altura em que não previa o extraordinário impacto que teria no combate às doenças infecciosas, no relançamento das economias e para salvar vidas.
Além de angariar fundos para a Gavi, a Cimeira terá, também, um debate na Comissão do Desenvolvimento do Parlamento Europeu, em que participa Bill Gates. A abordagem no evento vai centrar-se na assistência e inovação como factores de melhoria da saúde e dos padrões de vida no Sul Global.
Novos fundos apoiam fabricantes africanos  
A Cimeira desta manhã, em Bruxelas, em que discursa o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, enquanto Presidente da União Africana, vai confirmar o aumento da produção de vacinas em África, tendo em vista à resolução das grandes desigualdades descobertas durante a pandemia da Covid-19.
O Acelerador Africano de Fabricação de Vacinas (AVMA na sigla em inglês) é um novo mecanismo financeiro que disponibilizará cerca de mil milhões de euros ao longo de dez anos para apoiar os fabricantes africanos de vacinas.
Os novos fundos vão contribuir para o objectivo da União Africana, liderada pelo Presidente João Lourenço, de fabricar, pelo menos, 60 por cento das doses de vacinas necessárias no continente até 2040. Destina-se, ainda, a resolver as grandes desigualdades causadas pela pandemia da Covid-19, em que os países africanos tiveram dificuldades em aceder às vacinas compradas pelos países mais ricos.
Embora os países africanos representem quase 20 por cento da população mundial, de acordo com a GAVI, produzem apenas 0,2 por cento da oferta global de vacinas.
Os novos fundos irão compensar os elevados custos de produção de vacinas, com incentivos mais elevados para os fabricantes que produzem vacinas prioritárias, como as que combatem a malária, a cólera e o sarampo.

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