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Cimento é o produto nacional  mais exportado no primeiro semestre deste ano
No primeiro semestre deste ano, o país arrecadou 13.2 milhões de dólares com a exportação do cimento, que actualmente é o produto nacional mais exportados ao abrigo do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).
Segundo o relatório do briefing bissemanal do Ministério da Economia e Planeamento (MEP) divulgado esta terça-feira, 3 de Agosto, a exportação de cervejas ocupa o segundo lugar com um ganho de 6.1 milhões dólares, a seguir as embalagens de vidro com 2.6 milhões, a banana com 2.3 milhões, os sumos e refrigerantes 2.2 milhões e o açúcar com 1.7 milhões, totalizando 28.4 milhões de dólares.
O produto mais importado foi a carne de frango com uma despesa de 124,2 milhões dólares, a seguir o arroz com 103.5 milhões, o óleo alimentar de soja com 74.3 milhões, o açúcar com 67.5 milhões e o leite com 53.2 milhões, totalizando 487.9 milhões de dólares.
O relatório do MEP indica igualmente que na semana de 26 a 30 de Julho deste ano, 76 novas solicitações de financiamento foram recebidas pelos bancos comerciais que trabalham com o PRODESI.
Das 76 solicitações, 57 estão alinhadas ao Aviso 10/20 do Banco Nacional de Angola (BNA), 19 ao Programa de Apoio ao Crédito (PAC), e um ao Decreto Presidencial 98/20 sobre Bens de Origem Nacional.
Os instrumentos e produtos financeiros ao dispor do PRODESI já permitiram a aprovação de 801 projectos, desde 2019 até ao momento, com previsão de gerar aproximadamente 60 mil postos de trabalho.
Os projectos aprovados ascendem os 664,8 mil milhões de kwanzas, dos quais 501,9 mil milhões correspondente a 247 aprovados no ano passado e 187,6 mil milhões para 43 projectos aprovados este ano ao abrigo do Aviso 10/20.
A linha de crédito do Deutsche Bank disponibilizou 82 mil milhões de kwanzas para três projectos em 2020, e 43 mil milhões foram gastos no âmbito Medidas de Alívio Económico.
O PAC apoiou 21 projectos com 36,3 mil milhões kwanzas e outros instrumentos e produtos financeiros da banca comercial financiaram três projectos no valor global de 1.008 milhões de kwanzas.
Quanto à distribuição por sector, o relatório  avança que desde 2019 foram aprovados 383 projectos para agricultura, comércio e distribuição 205, indústria transformadora 115, pecuária 40, aquicultura 22, pesca marítima 31 e pesca continental cinco.
A nível de cada província, 174 projectos foram aprovados em Luanda, Benguela 60, Huambo 60, Huíla 57, Cuanza Sul, 44, Cuando Cubango e Bengo 41, Bié 39, Uíge 38, Lunda Sul e Malanje 33, Cunene 30, Namibe 29, Cabinda 28, Lunda Norte 25 e Cuanza Norte 23, Zaire 23 e Moxico 23, totalizando 801.
Na semana em referência, foram desbloqueados e entregues aos promotores 10 certificados de não devedores pelo Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), somando desde o início do ano 277 documentos.
A nível do país, decorre o cadastramento dos produtores para integrá-los no Portal de Divulgação da Produção Nacional (PPN), que congrega actualmente 14.233 produtores nacionais, mais 273 do que na semana anterior.
A província da Huíla tem 2.524 produtores registados, Bié 1.592, Huambo 1.588, Malanje 1.588, Luanda 1.109, Cunene 803, Benguela 678, Cuanza Norte 891, Lunda Sul 623, Cuanza Sul 541, Bengo 435, Uíge 561, Cabinda 249, Zaire 236, Namibe 249, Lunda Norte 278, Cuando Cubango 132 e Moxico 144.
Quanto aos sectores de produção, 7.807 produtores de cereais estão registados no PPN, 6.312 de leguminosas e oleaginosas, 6.469 de raízes e tubérculos, 4.914 de hortícolas, 2.650 de frutas e 968 ligados à indústria alimentar.
Os produtores do sector da agricultura registados no PPN são 1.075, nas pescas 636, indústria diversa 342, turismo 330, construção 246, indústria de higiene e limpeza 152, indústria dos recursos naturais 139, apicultura 111, salinicultura 86, indústria de vidro 61 e os da indústria têxtil, vestuários e calçados 59.
No domínio do sector primário, há 7.332 produtores de milho inscritos, 5.698 de feijão, 1.669 de banana, seguidos de 827 produtores de soja, 874 de citrinos, 506 de cana-de-açúcar, 414 de arroz, 365 de cacusso, 328 de pesca marítima, 618 produtores de café, 257 de ovos, 328 de abacate, 118 de dendém e 39 produtores de algodão.
No relatório consta 39 feiras realizadas, das 154  previstas a nível do país, sendo seis na província do Bengo, cinco em Luanda, cinco na Huíla, quatro em Malanje, quatro no Uíge, três em Benguela, duas na Lunda Sul e uma nas províncias do  Bié, Cabinda, Lunda Norte, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Namibe e Zaire.
Nestas feiras foram celebrados 47 contratos e movimentados 628 milhões de kwanzas.
Ainda no período em análise, o MEP deu continuidade as reuniões em torno do Plano de Acção para a Melhoria do Ambiente de Negócios, onde foi notável o avanço no cumprimento das tarefas programadas em diversos domínios, com especial destaque para a execução de contratos.
O secretário de Estado para a Economia, acompanhado de responsáveis do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), realizou uma visita às instalações do Laboratório do projecto agrícola “Prosperangola”.
Este projecto, implementado pela Confederação Empresarial da CPLP em parceria com a Associação Industrial de Angola (AIA), visa o incentivo à actividade económica no meio rural, tendo como beneficiários jovens, mulheres e antigos combatentes e veteranos da pátria.
No final da visita, concluíram ser necessário desenhar um programa de apoio a este projecto, com envolvimento da Direcção Nacional para a Economia, Competitividade e Inovação do MEP e do Instituto Nacional de Apoio as Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM).

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