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Descoberta uma nova variante do Covid-19 com variantes multiplas

Cientistas sul-africanos detectaram uma nova variante da Covid-19, com múltiplas mutações, mas ainda não apuraram se é mais contagiosa ou capaz de superar a imunidade fornecida pelas vacinas ou por infecção anterior.

A nova variante, conhecida como C.1.2, foi detectada pela primeira vez em Maio e agora está disseminada pela maioria das províncias da África do Sul e na Inglaterra, China, República Democrática do Congo, Maurícias, Nova Zelândia, Suíça e Portugal.

Esta nova variante contém muitas mutações associadas a outras variantes com maior transmissibilidade e menor sensibilidade a anticorpos, mas os cientistas ainda não têm a certeza de como afectam o comportamento de vírus. Em andamento estão testes de laboratório para apurar o quão resistente é aos anticorpos neutralizantes.

No entanto, o facto de se tratar da variante com mais diferenças em relação ao vírus original é um motivo de preocupação. A África do Sul já tinha sido o primeiro país a detectar a variante Beta, uma de apenas quatro rotuladas como “preocupantes” pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Richard Lessells, especialista em doenças infecciosas e um dos autores da investigação sobre C.1.2, disse que o surgimento desta variante indica que “esta pandemia está longe de acabar e que este vírus ainda está a explorar formas de nos infectar”, embora avise que as pessoas não devem ficar alarmadas.

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Ainda assim, dados de um sequenciamento genómico na África do Sul mostram que a variante C.1.2 ainda não tinha sido capaz de destronar a variante Delta como a dominante no país em Julho.

Porém, o estudo encontrou aumentos mensais consistentes no número de genomas C.1.2. na África do Sul. Se em Maio 0,2% dos genomas sequenciados correspondiam à nova variante, esse valor aumentou para 1,6% em Junho e 2% em Julho, um crescimento semelhante aos das variantes Beta e Delta naquele país.

A linhagem C.1.2 tem uma taxa de mutação de cerca de 41,8 mutações por ano, que é quase duas vezes mais rápida do que a actual taxa de mutação global das outras variantes. No entanto, este curto período de evolução exponencial também foi visto com as variantes Alfa, Beta e Gama.A campanha de vacinação na África do Sul está a ter um início lento, uma vez que apenas cerca de 14% da população adulta está vacinada.

 

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