63% das pequenas e médias empresas nacionais estão com dificuldades financeiras, de acordo o com Inquérito Sobre o Impacto da Covid-19 de Abril, do Banco Nacional de Angola, na qual a Rádio Nova teve acesso.
A semelhança das outras regiões do mundo, em Angola as Pequenas e Médias Empresas (PME) acabaram por ressentir-se do impacto nefástico da crise sanitária e económica causada pela pandemia da SARS COV-2 em variáveis como o emprego e volume de negócios, apesar da reabertura gradual das actividades económicas. O surgimento de novas estirpes do vírus, obrigou as autoridades a reverter parcialmente algumas medidas de abertura das actividades, situação que poderá ser flexibilizada em função dos avanços atingidos como resultado da vacinação contra a Covid19 em curso no País rumo a imunidade colectiva.
O relatório do Banco Nacional teve uma participação de 372 empresas, seno 133 microempresas, 163 pequenas-empresas e 58 empresas. Quanto aos sectores de actividade, à semelhança dos relatórios anteriores, o comércio liderou com 28,2%, seguido da agricultura com 14,4%.
De acordo com essa Nota de Difusão dos Resultados do mês de Abril, mostra que seis em cada dez empresas angolanas foram drasticamente afectadas economicamente pela pandemia do novo Coronavírus, nomeadamente a falta de liquidez e que é praticamente a principal situação nessas empresas. Problemas económicos, com 21,5%, ausência de encomendas com 10,7% e salários em atrasos com 7,6% foram alguns dos outros factores para esse dado económico negativo.
A situação do capital humano também foi ainda destacada no mesmo relatório, sendo que as PME registaram em média de 77 trabalhadores e onde a disposição ao teletrabalho foi algo mais intensivo nos últimos tempos, direcionando parte dos seus recursos a investimentos em tecnologias de informação, para garantir as condições de trabalho, e evitar a concentração excessiva de trabalhadores num mesmo espaço físico.
Para consultar na íntegra o relatório, click aqui.