O PCA da ENDIAMA E.P., José Manuel Ganga Júnior, afirmou ontem (10/8), no Dundo, que o subsector diamantífero angolano tem “desafios muito grandes”.
A adaptação à crise sanitária, que também afectou a indústria, é essencial para o alcance da meta de produção de 13.8 milhões de quilates, definida pelo executivo para o mandato de governação 2017-2022, considerou.
Encontrar conjuntamente soluções para “recuperar o tempo perdido” foi a recomendação do gestor aos responsáveis das empresas presentes no primeiro encontro de balanço semestral de produção de diamantes (BSPD) referente ao ano de 2021.
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O BSPD é, na visão de Ganga Júnior, uma plataforma de partilha de conhecimento e experiências que promoverá a coesão entre as várias sociedades mineiras.
O líder da diamantífera propôs a realização do segundo balanço nos primeiros quinze dias do mês de Novembro, para melhor preparação dos planos de trabalho para 2022.
Ganga Júnior anunciou também que o país prevê produzir 13.8 milhões de quilates de diamantes, em 2022, e facturar cerca de 1,5 mil milhões de dólares norte-americanos. Segundo o PCA, a meta prevista era de 14 milhões de quilates, mas devido ao impacto da Covid-19, a perspectiva foi reajustada para 9,3 milhões de quilates.
Primeiro Semestre rende USD 13 milhões ao Lulo
USD 13 milhões foi o resultado líquido obtido pela Sociedade Mineira do Lulo, informado por Domingos Machado, Presidente do Conselho de Gerência daquela empresa.
Trata-se de uma cifra alcançada após uma facturação na ordem dos USD 34 milhões, durante um semestre que “correu extremamente bem”.
Segundo Machado, a empresa está actualmente a produzir 4300 quilates de diamantes por mês, e o objectivo é trabalhar par atingir a meta mensal de produção de 6000 quilates, conforme recomendação do Conselho de Administração da ENDIAMA E.P.
Durante a entrevista, o responsável revelou que desde o início das operações já foram investidos no Lulo cerca USD 24 milhões.
O PCG fez saber que anualmente são reservados USD 500 mil para aplicar em questões de responsabilidade social.
Lunhinga com receitas de USD 15 milhões no último semestre
A Sociedade Mineira do Lunhinga obteve receitas brutas na ordem dos USD 15 milhões, informou hoje, no Dundo, Adérito Gaspar, Presidente do Conselho de Gerência da empresa.
Estes dados, avançou, resultam da comercialização de diamantes referente ao primeiro semestre de 2021.
De acordo com o gestor, a empresa pretende aumentar os actuais níveis de produção, 12 mil, para 15 mil quilates por mês, meta que depende da entrada em funcionamento de uma segunda central de tratamento actualmente em processo de recuperação.
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Informações apuradas durante a entrevista dão conta de investimentos na ordem dos USD 4 milhões em equipamentos de remoção de terra e centrais de tratamento.
Ao deixar de operar como projecto, Lunhinga observa agora maior estabilidade e melhorias dos métodos de trabalho, garantiu o responsável da diamantífera.