Depois dos Sindicatos dos Professores Universitários manifestarem descontentamento no estado actual do Campus Universitário da Universidade Agostinho Neto, numa matéria que a Rádio Nova destacou, os estudantes da mesma Instituição mostram também um mesmo espírito de desagrado pela não conclusão das obras do recinto desde que a primeira fase foi inaugurada, em 2012.
Na manhã de ontem, 22 de Junho, os nossos jornalistas deslocaram-se ao Campus Universitário da Universidade, sito no Município de Belas, e além de constatarem a real situação do próprio Campus, que está praticamente uma aérea deserta com lavras e algumas empresas a ficarem com várias parcelas do terreno afecto ao Campus, tiveram também a oportunidade de colher vários pronunciamentos dos estudantes sobre o que eles pensam sobre o actual estado do recinto.
Segundo um estudante que teve a oportunidade de falar connosco, residente no município do Cazenga e estudante da Universidade há 5 anos, o actual estado do Campus Universitário “é como se não fosse um Campus, mas sim um colégio visto que não conseguiram terminar o projecto. A incompetência enorme dos nossos governantes, bem como orgulho em terem uma infraestrutura que poderia valer a pena não só aos angolanos mas também aos africanos.”
A total degradação dos autocarros(foto) que tem a missão de levar os estudantes da porta de entrada até ao “hall” das salas, bem como a sua irregularidade em pegar os estudantes diariamente, foi outro facto constatado pelos nossos repórteres e onde só tem aumentado mais as dificuldades que os mesmos têm vivenciado, piorando a mentalidade dos mesmos e evitando um bom aproveitamento académico.
(Foto do autocarro que transporta os estudantes no Campus Universitário)
Para tentar mais informações sobre o péssimo estado do Campus Universitário, os nossos jornalistas no local tentaram ouvir a reitoria da Universidade sobre esse assunto, mas infelizmente os mesmos mostraram-se indisponíveis para isso.
O actual Campus Universitário da Universidade Agostinho Neto ocupa um espaço de 20,23 quilómetros quadrados, onde o plano mestre foi desenvolvido em 2000 e actualizado em 2009, foi concebido com foco na sustentabilidade e melhoria dos avanços tecnológicos, científicos e académicos da sociedade estudantil angolana, A actual fase concluída tem a capacidade de acolher 3000 estudantes, e que vai aumentar para 40.000 após a conclusão das restantes fases, e que até ao momento ainda não terminaram passados 10 desde a sua inauguração.