Um jovem de 18 anos foi detido na quinta-feira pelas autoridades no Massachusetts, nos Estados Unidos, por ter alegadamente angariado dinheiro para o Estado Islâmico, através de um esquema de cartões-presente vendidos na ‘dark web’.
Segundo a procuradora-geral do estado do Massachusetts, o jovem, Mateo Ventura, natural de Wakefield, terá dado vários cartões a um indivíduo que mostrou apreço pela organização terrorista, explicando ao homem que a ideia seria vender os cartões e enviar os lucros para apoiar o Estado Islâmico.
De recordar que o grupo foi responsável por uma intensa onda de terror durante a década passada um pouco por todo o mundo, com os ataques ao jornal Charlie Hebdo e ao Bataclan, em Paris, a serem dois dos mais famosos.
O Estado Islâmico, ou Daesh, mantém-se ativo em certas partes do globo, especialmente na Síria e através de fações em África), mas perdeu muita força em 2016 quando as forças da NATO intensificaram operações na região entre a Síria e o Iraque e permitiram que os exércitos locais recuperassem a grande maioria dos redutos dos terroristas.
As autoridades referiram, em comunicado, que Ventura foi preso por “esconder conscientemente as fontes dos materiais de apoio e os recursos que queria que fossem para a organização terrorista internacional”. A procuradoria, citada pela ABC News, acrescentou ainda que o jovem “disse alegadamente que queria que as receitas fossem para o Estado Islâmico ‘lutar contra os infiéis'”.
No total, entre janeiro e maio de 2023, Ventura juntou 705 dólares (cerca de 655 euros) para apoiar o grupo.
O adolescente foi presente a tribunal na quinta-feira, tendo sido decretada a prisão preventiva até ao julgamento. Caso seja condenado por omitir a fonte de recursos financeiros dirigidos a organizações terroristas, Mateo Ventura pode enfrentar uma pena de prisão de dez anos, liberdade condicional perpétua e uma multa de 250 mil dólares.