Os Fundos de Pensões em Angola representam, actualmente, um peso de 571 mil milhões de kwanzas ( mais de 960 milhões de dólares), tendo crescido no último ano 40 por cento, de acordo com os indicadores avançados pelo presidente da Câmara dos Profissionais de Seguros de Angola (CAPSA).
Gerson Santos Silva, na entrevista que concedeu ao Jornal de Economia & Finanças, disse que o produto “Fundo de Pensões” arrecada montantes que podem, e na sua maioria, serem canalizados para investimentos no país, possibilitando alavancar com a participação a economia.
Conforme detalhou, este tipo de contribuição de retorno a longo prazo, diga-se, é uma aplicação contínua que apoia o país e da mesma forma, rentabiliza o montante para a soma final.
“Esta matéria é complexa e exige alguma profundidade, o factor macroeconómico e operações que envolvem outras variáveis, assim como os juros, o câmbio e a inflação são os pontos negativos que podem suscitar dúvida quanto à constituição de um Fundo. Se porventura conseguíssemos acautelar não todos, mas grande parte destes riscos, acredito que seria mais exequível a aquisição dos fundos por parte dos vários contribuintes”, disse.
Contudo, advoga, pode-se dizer e bem, haver muito caminho para melhorias.
O líder da CAPSA indicou que, as contribuições para os Fundos de Pensões cresceram 4,0 por cento, em 2009. Contudo, se avançar-se na cronologia de 10 anos, em 2019, estas mesmas contribuições cresceram para 153 por cento.
Esta reflexão mostra que tem havido um maior engajamento das companhias na preparação do futuro dos colaboradores, realizando parcerias com entidades gestoras de fundos e seguradoras que comercializam este ramo de serviços.
“Todavia, como não posso deixar de sublinhar, como em qualquer outro ramo, como na taxa de penetração de seguros, e outros, a base de partida era baixa, daí todo e qualquer crescimento ainda que alto, não nos pode criar a falsa sensação de que estamos perto da meta. Estamos apenas e ainda somente no caminho que é longo”, reconhece o gestor.
Gerson Santos Silva disse, por outro lado, que este ramo, risco, sector como se queira chamar, o Fundo de Pensões, é um produto que deve ser bem gerido, pois as competências necessárias para geri-lo diferem em muitos aspectos das necessidades para gestão de outros ramos de actividade.
“Teremos sempre que acolher de bom grado as formações e informações de mercados mais maduros. Não esqueçamos que os FP são para o futuro, não como os outros ramos renováveis por um ano e subsequentes, mas sim por vários anos e mais ainda”, esclareceu.
Segundo o responsável, o TOP 4 (quatro maiores seguradoras do mercado) ostenta mais de 70 por cento do mercado segurável no país; não que o mercado tenha contraído, mas sim a economia e o poder de compra, mas como diz o lema popular: há espaço para todos actuarem.