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Guiné-Bissau corre risco de um novo golpe militar

O director do Programa Africano do Instituto Real de Estudos Internacionais britânico considerou à Lusa que há o risco de um novo golpe militar na Guiné-Bissau, organizado por facções desonestas do Exército.

“Há o risco de um novo golpe militar liderado por facções desonestas do Exército em Bissau, especialmente após a insegurança do final de Novembro em Bissau e a suspensão do Parlamento”, disse Alex Vines, em declarações à Lusa para antecipar os principais temas em destaque para a Guiné-Bissau em 2024.

“O Governo de Umaro Sissoco Embaló parece tornar-se cada vez mais autoritário e o congelamento dos postos de trabalho no sector Público alimentará ainda mais o descontentamento da população em 2024”, alertou o director da Chatham House. O Ministério do Interior e da Ordem Pública da Guiné-Bissau avisou na semana passada que estão proibidas no país quaisquer manifestações ou comícios em decorrência de operações em curso de buscas e apreensões de armas de fogo.

O anúncio foi feito pelo comissário nacional da Polícia de Ordem Pública (POP), Salvador Soares, em resposta “às informações nas redes sociais” da pretensão de manifestações públicas de cidadãos para os dias seguintes, incluindo uma manifestação prevista para dia 18, organizada pela Plataforma Aliança Inclusiva (PAI- Terra Ranka), que venceu as últimas eleições legislativas e cujo Governo foi demitido em Dezembro pelo Chefe de Estado guineense.

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