O Kwanza apreciou-se 0,5 por cento ante o dólar norte-americano, entre 30 de Julho e 24 de Agosto, período em que a taxa de câmbio passou de 646,46 para 642,63, segundo dados do Banco Nacional de Angola.
Este indicador revela que entre Julho e Agosto, em cada 1.000 kwanzas gastos, por exemplo, o cidadão ganhou meio kwanza comparativamente aos meses anteriores.
Numa altura em que o dólar voltou a ser moeda de paridade nas operações cambiais, depois de longos anos de ausência, substituída pelo euro, era esperada uma constante alta pressão ao Kwanza, que acaba por ser beneficiada, segundo leitura dos mercados, pela valorização do preço do barril de petróleo, do fraco comércio internacional e das medidas mais restritivas adoptadas pelo BNA.
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Em Fevereiro deste ano, um cenário igual deu-se quando o Kwanza apreciou 0,7 por cento. Em certo período, a moeda nacional saiu de 648,37 para 647,91. Este cenário favorece a moeda nacional e dá mais peso aos depósitos retidos no sistema bancário sem perder de vista que a maior disponibilidade de divisas combina com a maior estabilidade dos preços dos leilões de moeda.
Meses depois, isso na transição Abril e Maio, o Kwanza teve uma queda expressiva ao desvalorizar-se acima dos cinco por cento ante ao dólar. Esta tendência acabava por contrariar a dos quatro meses anteriores, momento que só se registava ganho na paridade entre as moedas.
Na semana finda, o BNA fez saber que os depósitos em moeda estrangeira nos bancos comerciais apresentam uma tendência decrescente nos últimos seis anos.
Segundo detalhou, a 31 de Janeiro de 2015, os depósitos em moeda estrangeira situavam-se em 15,5 mil milhões de dólares norte-americanos, ao passo que a 30 de Junho de 2021 reduziram para 10,5 mil milhões de dólares norte-americanos, menos 5,0 mil milhões. A volatilidade dos depósitos em moeda estrangeira é devida, em grande parte, à volatilidade do preço de petróleo que afecta directamente os depósitos das empresas petrolíferas e do Tesouro Nacional no sistema bancário.