Com o título “Liberdade de imprensa ainda muito limitada”, os RSF falam em “sinais encorajadores” em Angola, mas dizem que “a censura e a autocensura, um legado de anos de repressão por parte do antigo governo, permanecem muito presentes, como evidenciado na ausência de cobertura, por parte da mídia estatal, do aceno com cartões amarelos feito pelos parlamentares da oposição ao Presidente durante um pronunciamento à nação em outubro de 2019”.
Em entrevista a RÁDIO NOVA, a jornalista Josefa Lamberga, considerou que, o relatório pode ser bom aos “olhos do governo” mas a sociedade sente que “há um retrocesso.
A antiga profissional da Lusa e da Voz da América, nomeia o confisco de orgãos privados pelo estado e mais recentemente, a suspensão das televisões, VIDA TV, ZAP VIVA E Record TV, como sinais não tanto animadores para a sociedade angolana.
Lamberguer, lamenta que tudo isso esteja a acontecer depois das promessas de maior Liberdade de imprensa feitas após as eleições de 2017.
Outra jornalista e professora universitária que falou a RÁDIO NOVA, foi Palmira Benguela. A docente, disse que os jornalistas estão no “cafrique” do poder político.
Justifica a sua posição, pelo excesso de burocracia para se contactar as fontes e falta de jornalista investigativo na sua essência.
“Um ministro para dar uma entrevista precisa de uma carta”, adiantando que os jornalistas precisam de se “libertar do passado e da auto-censura”
Palmira Benguela, afirma ainda que o resto do país é muito mais prejudicado, porque os “jornais não chegam a àqueles lugares e a população é bem menos informada”.
https://portaltudoaver.com/2021/04/20/zap-viva-vida-tv-e-record-tv-africa-deixam-de-ser-exibidos/
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