Um total de 46 suspeitos foram presos na operação policial de hoje, havendo a registar uma vítima mortal, segundo fonte da unidade investigação criminal (Hawks) da polícia sul-africana.
“Os suspeitos incluem estrangeiros de países vizinhos e o seu estatuto no país é agora objeto de uma investigação em curso”, referiu o porta-voz Philani Nkwalase, sem avançar detalhes.
No comunicado divulgado na noite de hoje, a que a Lusa teve acesso, o porta-voz policial referiu que a polícia apreendeu ainda “700 toneladas de material aurífero, no valor estimado em mais de 2,5 milhões de rands (151 mil euros)”.
“Foi encontrado em cinco áreas de mineração ilegal, assim como 20 telefones celulares que foram apreendidos para investigação”, adiantou.
O comunicado da polícia sul-africana salientou que os 46 suspeitos devem comparecer perante o tribunal “em breve para enfrentarem as acusações que incluem violação da lei de Metais Preciosos, lei de Saúde e Segurança na Mineração, roubo, lei de Desenvolvimento de Recursos Minerais e Petrolíferos e possivelmente lei de Imigração”.
Anteriormente, a porta-voz nacional da unidade de investigação criminal (Hawks, na sigla em inglês) da polícia sul-africana, Thandi Mbambo, precisou à Lusa que as forças de segurança prenderam 81 pessoas no passado fim-de-semana na mesma área.
Na semana passada, um gangue armado invadiu um local onde estavam a decorrer as filmagens de um videoclipe, numa mina abandonada perto de Krugersdorp, e violou oito jovens raparigas que faziam parte do elenco. A equipa de filmagem foi também assaltada.
Nenhum dos detidos foi acusado até ao momento por violação coletiva no incidente que chocou o país nos últimos dias, mas a polícia culpou imigrantes ilegais que trabalham nas minas na área — e que são conhecidos localmente como Zama Zama.