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Myanmar liberta mais de dois mil presos Políticos

Mais de dois mil prisioneiros detidos em Myanmar (antiga Birmânia) foram libertados hoje, incluindo um número desconhecido de presos políticos detidos após o golpe militar.

De acordo com os responsáveis da prisão de Insein, em Rangum, falando para o canal BBC,  na lista das pessoas que foram libertadas estão algumas acusadas de “incitar a desordem pública“. Por outro lado, o portal Myanmar Now informou que 700 reclusos deixaram a prisão do Insein, reclusos esses que foram presos durante a sucessão de regimes militares que governaram o país entre 1962 e 2011.

No dia de ontem, 29 de Junho, as autoridades do país também retiraram as acusações contra 24 celebridades e atletas que expressaram a sua rejeição ao regime militar, de acordo com o canal de televisão Myawaddy.

Cinco meses depois do golpe militar que pôs fim à jovem democracia em Myanmar, o exército ainda não controla totalmente o país, com protestos em várias regiões.

Alguns dos manifestantes, cansados dos poucos avanços obtidos com protestos pacíficos, pegaram em armas contra os militares, ao mesmo tempo que confrontos entre as Forças Armadas e os grupos rebeldes eclodiram ou intensificaram-se em todo o país.

O exército birmanês justificou o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro, em que o partido liderado pela Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi obteve uma vitória esmagadora, tal como em 2015, e que foram consideradas legítimas pelos observadores internacionais.

Suu Kyi e outros líderes do Governo deposto continuam detidos e acusados de vários crimes.

 

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