As obras do Centro de Tecnologia Avançada Industrial, que vai ser construído na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, arrancam em Setembro próximo, segundo informações do director-geral do Instituto Nacional de Inovação e Tecnologias Industriais (INITI) do Ministério da Indústria e Comércio, Adérito Cusselama.
A construção do centro, avaliado em 34 milhões de dólares (mais de 21 mil milhões de Kwanzas), a ser financiado pelo Banco de Exportação e Importação da Coreia do Sul, vai formar técnicos ligados à inovação e engenharia e capacitar pessoas que trabalham no sector da indústria, servindo de mola impulsionadora para que os inventores tenham uma incubadora de empresas.
O projecto, que surge ao abrigo dos recursos do Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento Económico Sul-coreano, inclui o fornecimento de equipamentos e instalações técnicas, serviços de aprovisionamento, formação de formadores e outros serviços essenciais à sua concretização.
A construção e apetrechamento do Centro Industrial de Tecnologia Avançada contemplam ainda a aquisição de bens móveis, serviços de consultoria, locação de bens móveis e concessão de obras públicas.
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O centro vai formar, anualmente, cerca de dois mil técnicos em áreas como automação, robótica, mecânica geral e automóvel, manutenção industrial e outras, para ajudar as micro, pequenas e médias empresas a melhorarem a qualidade dos seus produtos e a torná-los mais competitivos.
De acordo com o responsável, que falava na conferência sob lema “Investigação, Invenção, Inovação e Indústria – Desafios e Oportunidades, sublinhou que a construção do referido centro vai minimizar a falta de capital humano que as indústrias reclamam.
Em seu entender, é preciso que os centros tecnológicos e academia invistam, de forma assertiva, para que “tenhamos mais pessoas com capacidade, mentes criativas que possam de facto encontrar soluções que levam a nossa economia a funcionar”.
Referiu que é impossível haver desenvolvimento, se não estiver alinhado com a investigação, “acabou-se o período do empirismo, hoje é indispensável investigar, desenvolver e inovar para que as políticas ligadas ao investimento não sejam simplesmente investimento, mas sejam investimentos assertivos com base na ciência, inovação, investigação”.