Duzentos milhões de kwanzas é quanto custa a participação da Selecção Nacional, que de 1 a 19 de Dezembro disputa a 25ª edição do Campeonato do Mundo em andebol sénior feminino, a ter lugar em Espanha, com a participação de 32 nações.
Parte do montante já está ao dispor da Federação Angolana da modalidade (FAAND), facto garantido pelo presidente de direcção, José do Amaral Júnior “Maninho”. Falando aos jornalistas, o número um da FAAND explicou que a outra parte do valor pode estar disponível na conta da Federação no decorrer desta semana.
“Temos as coisas bem encaminhadas. Estamos relativamente bem no capítulo financeiro, mas falta receber a outra parte. Vamos receber. Ainda hoje (ontem) tive contacto com os membros do Ministério da Juventude e Desportos. Contamos com o apoio do Estado. Aliás, Sua Excelência Presidente da República, João Lourenço deixou isso claro aquando da recepção da Selecção. Tenho a certeza que aprovou o nosso orçamento. Estamos a lidar com pessoas sérias e as nossas atletas têm sido muito acarinhadas, sobretudo pelo Presidente“, sublinhou.
No encontro de apresentação realizado ontem, no auditório Paulo Bunze, entre dirigentes e integrantes do “sete” nacional, estabeleceu-se como meta ocupar os 12 primeiros lugares. Com excepção da guarda-redes Eliane Paulo, todas as convocadas estiveram presentes. Questionado sobre a possibilidade de alcançar o feito, face ao processo de “renovação” em curso, Maninho argumentou: “Dificilmente venceremos a França. Temos de ser realistas. Mas se fizermos uma boa preparação, temos equipa para vencer Montenegro e Eslovénia“.
MAIS: Angola reecontra Eslovénia no Campeonato do Mundo de Andebol Feminino
O Torneio das Quatro Nações agendado para Novembro foi anulado, por conta da pandemia da Covid-19. Para driblar a contrariedade, a Selecção ruma a 8 de Novembro para a Hungria, onde vai realizar um estágio pré-competitivo.
As campeãs africanas ficam alojadas na cidade de Székesfehérvár, a 60 quilómetros de Budapeste. Angola pretende fazer cinco a seis jogos, entre os quais quatro já estão confirmados e dois estão por confirmar.
A direcção da FAAND conta com o apoio da Federação húngara no sentido de arranjar bons jogos de controlo, pois José do Amaral defende ser fundamental fazer jogos de controlo de elevado grau de dificuldade. “A equipa só ganha rotinas jogando. Apesar de haver essa pequena renovação, contratámos um técnico competente. Ele é soberano nas suas opções. Nós recomendámos que toda renovação deve ser gradual e paulatina. Das 16 atletas mudar quatro não é uma renovação abrupta. Se alcançarmos os objectivos, tudo bem, se não também estamos aqui para as devidas conclusões“, assegurou.
Relativamente à ausência de Magda Cazanga, Teresa Almeida “Bá”, Aznaide Carlos “Zica” e Natália Bernardo, o dirigente foi categórico: “a vida é dinâmica. A Magda é uma atleta com a qual ainda devemos contar. A Aznaide Carlos tem uma lesão não sei se conseguirá se recuperar. A Bá é uma atleta que merece todo o nosso respeito e consideração. A Natália teve um bom Campeonato Nacional, não esteve nos Jogos Olímpicos, então só me resta respeitar as opções do técnico. Não posso fazer futurologia, principalmente pelas responsabilidades que tenho”.