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Partido no Governo do Japão realiza primárias para escolher novo líder

O partido no Governo no Japão vai realizar na quarta-feira uma eleição primária, que servirá de eleição geral, já que o vencedor se tornará primeiro-ministro e comparecerá às eleições nacionais que ocorrerão nos próximos meses.

O Partido Liberal Democrático (PLD) elegerá o novo líder que sucederá ao atual primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, cujo mandato termina no dia 30 e que decidiu não se candidatar à reeleição e, por isso, abandonar o cargo de chefe do executivo.

O seu substituto passará a ser não só o líder do partido, mas também o novo primeiro-ministro, já que no Japão esse cargo é ocupado por quem comanda o partido dominante, neste caso o PLD, que goza de ampla maioria parlamentar e que aspira manter essa condição após as próximas eleições gerais.

As primárias do PLD contam com a presença de quatro candidatos com perfis diferentes, mas que prometem a continuidade das políticas de Suga, que, por sua vez, já tinha seguido o caminho traçado pelo seu antecessor, Shinzo Abe, que deixou o cargo por motivos de saúde, há um ano.

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O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Taro Kono é o favorito para estas eleições internas, segundo as sondagens realizadas por diversos meios de comunicação japoneses, embora seguido de perto por outro antigo chefe de diplomacia, Fumio Kishida.

Kono – que atualmente detém a pasta da Reforma Administrativa e é responsável pela campanha nacional de vacinação – é um dos candidatos mais heterodoxos dentro do partido conservador, sendo defensor do casamento homossexual ou relutante com a energia nuclear.

Kishida, visto como a opção mais conciliatória, afirma que uma das suas prioridades será “romper com as políticas neoliberais” e promover uma melhor distribuição da riqueza, mantendo os pilares da estratégia económica que ficou conhecida como “Abenomics”, na referência ao nome do antigo primeiro-ministro Shinzo Abe.

Em terceiro lugar, embora com um apoio crescente, está Sanae Takaichi, a candidata apoiada por Abe e que se caracteriza pelo seu perfil nacionalista e por ser a candidata mais conservadora em questões familiares e sociais.

As sondagens dão poucas possibilidades ao quarto candidato, Seiko Noda, que, ao contrário de Takaichi, é a favor de várias reformas para apoiar os mais desfavorecidos e promover a igualdade em todas as áreas da sociedade japonesa.

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