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Peregrinos angolanos evacuados de Israel agradecem o empenho das autoridades

Um grupo de 42 peregrinos angolanos da Igreja Pentecostal de Fé e Libertação que se encontrava retido em Israel, chegou, quarta-feira, em Luanda, após uma operação diplomática e logística liderada pelo Governo de Angola.

A evacuação ocorreu na sequência da escalada do conflito entre Israel e o Irão, que provocou bombardeamentos e ameaçou a segurança de cidadãos estrangeiros no território israelita.
Em declarações à imprensa à margem da recepção do grupo de 42 peregrinos no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, o secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Vieira Lopes, destacou que a operação foi coordenada em estreita articulação com as missões diplomáticas de Angola em Israel, Egipto e Etiópia, garantindo a segurança, alimentação e apoio humanitário aos peregrinos desde a saída de Telavive até ao regresso ao território nacional.
“Nós acompanhámos o trajecto desde a saída de Israel, passando pelo Egipto e depois pela Etiópia, onde embarcaram para Luanda. Sincronizámos todas as actividades com o embaixador de Angola em Israel, a Embaixada no Egipto e, por fim, a missão diplomática na Etiópia. Prestámos todo o nosso apoio e solidariedade para garantir que os peregrinos chegassem em segurança”, afirmou o secretário de Estado.
O secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Vieira Lopes, revelou ainda, que está em curso uma segunda operação para resgatar outros cidadãos angolanos ainda em Israel, o que exigirá uma abordagem específica.
 “Vamos iniciar outra operação de resgate, a situação desses compatriotas exige uma estratégia diferente, mas já temos experiência e isso dá-nos mais confiança. Nossa principal preocupação tem sido saber como estão em termos de saúde e garantir que não correm perigo nas estradas. Graças a Deus, tudo correu bem com o primeiro grupo”, reforçou.
Domingos Vieira Lopes reconheceu que a travessia terrestre não estava nos planos iniciais e representou um desafio acrescido, sobretudo pelas incertezas do percurso e pelas condições de segurança “Estávamos bastante apreensivos, a viagem de carro não é fácil, os caminhos são longos e, em alguns casos, desconhecidos. Mas, como disse a chefe dos peregrinos, estavam com Deus e com uma grande vontade de regressar em paz, são verdadeiras heroínas”, disse.
Por seu turno, o embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola, acreditado na República de Israel, Nelson Cosme, afirmou que a evacuação do grupo de peregrinos angolanos retido naquele país foi fruto de uma acção coordenada entre várias instituições do Estado angolano, em articulação com as autoridades israelitas e egípcias.
O diplomata destacou, ainda, o envolvimento directo do Governo Central na definição e execução do pro-tocolo de segurança que permitiu o regresso dos cidadãos ao país em segurança “Foram momentos de grande frieza e exigência, recebemos instruções do Governo Central e actuámos de imediato, a Embaixada de Angola em Israel entrou logo em campo, prestou aconselhamento e fez a interligação com as autoridades locais, bem como com a Embaixada no Egipto, país de trânsito da operação”, explicou.
A líder do grupo, a apóstola da Igreja Pentecostal de Fé e Libertação, Ernestina Matias, relatou que a travessia foi feita com determinação e fé, tendo contado com apoio das autoridades israelitas e de empresas privadas para garantir transporte e escolta até à fronteira com o Egipto.
“Disse aos peregrinos para prepararem as malas e partirmos, a situação era grave, mas com apoio das autoridades israelitas conseguimos transporte e segurança. Desde a saída de Israel até à Etiópia, fomos acompanhados e protegidos. Foi uma viagem difícil, mas segura. Estamos vivos e gratos a Deus”, disse.

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