A Polícia Nacional em Luanda abriu um inquérito que visa apurar responsabilidades em relação a uma conversa, via telefone, vazada para as redes sociais, entre um comandante de esquadra e o chefe da administração e serviços, sobre um alegado esquema fraudulento de facturação de dinheiro através da apreensão de motorizadas.
O porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, superintendente Nestor Goubel, disse que os efectivos envolvidos na discussão estão a ser ouvidos num inquérito e assegurou que medidas disciplinares e criminais podem ser tomadas após a conclusão do processo.
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A conversa gravada entre o comandante e subordinado vazou para redes sociais, levantando inquietações na sociedade sobre o fim a que se destinavam as apreensões de motorizadas e viaturas na referida esquadra.
No áudio, o comandante alega que o inspector Pinduka tem conhecimento sobre a recolha de algumas motorizadas por parte de um efectivo, no sentido de recolher algum dinheiro para compra de saldos de telefone e melhoraria de algumas condições pessoais e de serviço. No áudio, o subordinado nega ter chamado a Inspecção Municipal da Polícia do Cazenga, alegando que os inspectores se deslocaram até à esquadra para saberem do caso de um colega, tendo, no local, questionado o facto de haver motorizadas paradas.