Angola e Portugal assinaram ontem, 14 de Julho, um acordo de financiamento de mestrados para formação de professores angolanos, através de uma parceria com a Universidade do Minho, que conta com um apoio de 150 mil euros do instituto Camões.
Com essa cooperação, mais de 100 estudantes angolanos de instituições públicas e privadas terão o privilégio de frequentarem cursos de mestrados no Instituto de Educação da Universidade do Minho em Metodologia Especificas de ensino pré-escolar e de cadeiras específicas do primeiro e segundo ciclos do ensino secundário.
O Acordo visa a operacionalização da participação do Governo português na implementação em Angola de mestrados em metodologias especificas de ensino nos institutos superiores de ciências da educação, segundo o Director do Gabinete de Quadros do Presidente da República, Edson Barreto.
“Sentimos que com a conclusão destes mestrados, o nosso sistema educativo, sobretudo as instituições de ensino superiores pedagógicas, que irão acolher estes formadores, estarão mais capacitadas e capazes para responder aos desafios da melhoria de qualidade de educação que o nosso país exige”, disse Edson Barreto.
MAIS: Ordem dos Médicos Cria Café com os Jornalistas
O método de selecção dos professores para a frequência dos cursos de mestrados é bastante criterioso e rigoroso, assegurou Edson Barreto, e permite que os selecionados sejam aqueles que estão verdadeiramente vocacionados para a docência e que tiveram uma média final superior a 14 valores.
O governo angolano, no âmbito do Programa Nacional de Formação e Gestão do Pessoal Docente, pretende ter permanentemente estas formações para que o país passe a ter professores qualificados em quantidade e em qualidade.
“Nós, enquanto não alcançarmos este resultado, não iremos parar com o envio de estudantes para as melhores universidades do mundo”, declarou o director do Gabinete de Quadros do Presidente da República, dando garantias de que Portugal tem instituições de ensino superior pedagógicas de elevada refutabilidade e credibilidade, sem contar com a vantagem de ter a mesma língua.
De acordo ainda com o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, realçou, após rubricar o acordo, em Luanda, a importância para a cooperação portuguesa, sublinhando que está alinhado com os objetivos estratégicos de cooperação que se pretende desenvolver com Angola e com os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas.
“Este modelo corresponde à evolução da cooperação entre os nossos dois países“, declarou Francisco André, destacando “a liderança e iniciativa” que as autoridades angolanas demonstraram neste processo.
“Estaremos juntos no fim para avaliar de forma objetiva os resultados do programa“, acrescentou.
O diretor do gabinete de quadros do Presidente da República, Edson Barreto, referiu que o acordo reforça “e muito, os laços de cooperação e amizade entre os dois países” e dá sequência a um memorando de entendimento assinado em 2018.
Trata-se, neste caso, do envio de 100 estudantes angolanos para o Instituto de Educação da Universidade do Minho, para fazerem cursos de mestrado em metodologias especiais do pré-escolar, ensino primário e primeiro e segundo ciclo, explicou.
MAIS: Estudantes Universitários em Opiniões sobre a XIII Cimeira da CPLP
O acordo, concretizado com o envio de estudantes angolanos para Portugal, já realizado em maio passado terá uma contribuição financeira do Camões — Instituto da Cooperação e da Língua para implementação do projeto no valor de 150 mil euros.
Esse protocolo foi assinado no âmbito da cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que está acontecer nessa semana em Luanda, que surge também na decorrência também dos 25 anos da CPLP “reforçar os laços entre os dois países” e programar a relação futura no próximo quadro europeu de cooperação externa, onde Portugal e Angola estão envolvidos.