O número de unidades sanitárias no país com oferta de vacinação aumentou de 1.347 para 1.643 de 2015 a 2019, com os investimentos do Executivo no sector da Saúde.
Os dados constam do Relatório Nacional Voluntário 2021 sobre a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, na qual a Rádio Nova teve acesso.
Em 2017, Angola introduziu a vacina da pólio inactivada (injectável) no Programa Nacional de Vacinação, no âmbito do compromisso para a erradicação da poliomielite na região e no mundo.
MAIS: União Europeia vai doar 200 milhões de vacinas para os países mais pobres
Em termos de melhorias de infraestruturas, o Relatório Nacional Voluntário 2021 indica que foram instalados 58 equipamentos solares de cadeia de frio em 15 províncias, ampliada a cadeia de frio central para três câmaras e montados sistemas de registo de temperatura (multi-log) para monitorização à distância da conservação das vacinas em três províncias.
A capacidade de gestão do Programa Alargado de Vacinação foi reforçada com a dotação de 34 computadores e 40 tablets, para melhorar as condições de trabalho dos supervisores provinciais e municipais e aperfeiçoar o sistema de informação do programa.
Em relação à cobertura da vacina BCG, administrada às crianças ao nascimento, passou de 58 por cento em 2016 para 90 por cento em 2017 e 96 por cento em 2018.
Já as vacinas de dose tripla (pentavalente e a vacina da pneumonia), passaram de uma cobertura de 74 por cento em 2016 para 82 por cento em 2018.
No mesmo período, foram realizadas actividades de intensificação da vacinação de rotina em municípios com baixa cobertura, bem como campanhas de vacinação contra a poliomielite em províncias com surgimento de casos derivados da vacina.
Para melhorar o desempenho do programa de vacinação, equipas municipais foram formadas e capacitadas em três províncias, onde se implementou a monitorização da vigilância ambiental da pólio.
Segundo o Ministério da Saúde, o Programa de Saúde Infantil monitoriza três doenças transmissíveis em menores de cinco anos, nomeadamente a pneumonia grave, doenças diarreicas agudas com desidratação grave e a malnutrição grave.
MAIS: Relatório do Ministério da Saúde destaca melhoria nos acessos do Serviços de Saúde
Para minimizar a situação destas doenças, as autoridades sanitárias tem como principais pilares a promoção do aleitamento materno precoce e exclusivo até aos seis meses, e continuado até aos dois anos, com a introdução gradativa de uma alimentação equilibrada.
A vitamina A é também administrada a partir dos seis meses durante a vacinação de rotina e em campanhas de vacinação contra a pólio. Em 2020, foram administradas 2.867.852 de doses de vitamina A a crianças a partir dos seis meses até aos cinco anos.