A retirada de diplomatas e cidadãos estrangeiros está a decorrer a um ritmo descrito como “frenético” através do aeroporto internacional de Cabul, cidade que desde Domingo foi tomada pelas forças talibãs.
Os cidadãos afegãos e estrangeiros que pretendam sair do Afeganistão “devem estar devidamente autorizados” refere um comunicado conjunto dos Estados Unidos e de outros 65 países, advertindo os talibãs que devem demonstrar “responsabilidade” sobre a questão da retirada.
Anteriormente, a União Europeia sublinhava que a entrada dos talibãs em Cabul torna “mais urgente a proteção” contra possíveis represálias sobre civis afegãos contratados por estrangeiros e que devem ser colocados em segurança.
O Departamento de Estado norte-americano organizou “medidas de segurança” no aeroporto de Cabul e reagrupou o pessoal da embaixada para a operação de retirada da cidade controlada pelos talibãs.
MAIS: Presidente do Madagáscar demite todos ministros
A Alemanha, a França e a Holanda fazem parte do grupo de países que estão a transferir funcionários diplomáticos das respetivas embaixadas para o aeroporto.
A Alemanha e a França já começaram a retirada de diplomatas e pessoal contratado localmente.
Outros países da NATO como o Reino Unido, Itália, Dinamarca, Espanha e Suécia também já fizeram o mesmo.
Cerca de 600 afegãos contratados por organizações francesas no Afeganistão foram transportados para França nos últimos dias, anunciou o governo de Paris.
O avanço das forças talibãs nos últimos dias levou o governo de Londres a enviar 600 militares para a operação de evacuação de diplomatas e afegãos contratados pelos britânicos.
O Canadá anunciou no domingo o “encerramento provisório” da embaixada acrescentando que o pessoal diplomático já se encontra de viagem.
O Ministério da Defesa de Itália anunciou também a chegada de um avião militar a Cabul para efetuar “uma operação de retirada de urgência”.