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Risco de inflação no país regista níveis equilibrados, diz relatório de consultória

A consultora Fitch Solutions fez saber, recentemente, que os riscos de inflação em Angola estão equilibrados face à perspectiva de evolução da economia.

Numa análise enviada aos mercados, os analistas daquela referida consultora adiantam que o Banco Nacional de Angola (BNA) deverá manter as taxa de juro este ano, devendo baixar os juros de referência em 200 pontos base até final do próximo ano.

O Banco Nacional de Angola manteve a taxa de juro de referência nos 20 por cento na reunião de Setembro do Comité de Política Monetária, o que reflecte um equilíbrio entre os riscos à inflação e as perspectivas de crescimento económico. Por isso, antevemos que o BNA mantenha a taxa até final do ano e depois corte a taxa de juro em 200 pontos base até final de 2022″, lê-se no comunicado.

Os analistas da Fitch Solutions, detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings, escrevem que o BNA deve continuar a considerar que os riscos de inflação estão equilibrados face à perspectiva de evolução da economia.

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Prevemos que o banco central corte a taxa de juro para 18 por cento em 2022, quando a inflação abrandar, sustentada por um kwanza mais forte, o que dará algum estímulo de política monetária à economia, em recessão desde 2016”, concluem os analistas.

A inflação do mês de Setembro em Angola subiu de 26,1 por cento em Agosto face ao mesmo mês do ano anterior, para 26,5 por cento em Setembro, face a Setembro de 2020. Na reunião de Setembro, o Banco Nacional de Angola optou pela manutenção das taxas de referência, embora tenha colocado a perspectiva de inflação para níveis acima dos previstos no início do ano.

Neste momento, a inflação é o mais novo desafio com que se debatem as economias no mundo todo, muito por culpa dos efeitos da Covid-19 e o consequente fecho dos mercados que terá provocado. Tal cenário, gerou uma subida generalizada dos preços da maioria das matérias-primas e dos alimentos, inclusive. Este vai ser também tema de discussão da reunião do G20 (grupo das 20 maiores economias do globo), prevista para esta semana, em Roma, a capital de Itália.

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