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Sheik dos Emirados reafirma intenção de novos investimentos para Angola

Mohammed Bin Maktoun Bin Juma Al Maktoum garantiu que empresários do seu país vão em breve apresentar novas linhas de financiamento.

Os sectores da Agricultura, Turismo e Inovação foram apontados como as áreas em que os empresários dos Emirados Árabes Unidos pretendem, no mais curto espaço de tempo, reforçar os investimentos disponíveis para Angola, segundo garantiu, em Luanda, o sheik Mohammed Bin Maktoun Bin Juma Al Maktoum.

Na visita que efectuou à Zona Económica Especial (ZEE) Luanda – Bengo, Mohammed Al Maktoum, mesmo sem indicar os números dos financiamentos já mobilizados, disse existir da parte dos Emirados elevado interesse em investir em diversos sectores, incluindo a indústria transformadora, a logística e os transportes, tendo em conta ser o mercado angolano de inúmeras oportunidades.

Mohammed Al Maktoum manifestou-se orgulhoso em fazer parte dos desafios de crescimento e da diversificação da economia angolana.

“É a primeira vez que visito Angola. Estou impressionado com o país, as pessoas e o seu Presidente. Há aqui muitas oportunidades de negócios, a começar pela agricultura, indústria, petróleo e gás: Não é apenas em um sector específico. Este é um país que tem os benefícios de muitos países numa só terra”, disse.

Mohammed Al Maktoum assume ver em Angola “oportunidades de futuro. Sinto que com a gestão da ZEE e o Governo, o nosso investimento estará seguro nesse país e irá beneficiar ao país e a todos nós”.

Na Zona Económica Especial (ZEE), o sheik dos Emirados Árabes Unidos visitou entre várias unidades ali instaladas a fábrica Emadel, especializada na serração de madeira e trabalho de mobiliário para diversos segmentos de clientes.

Também passou pela Afrione, onde são produzidos telefones “Made in Angola”, tendo ainda assim sido dada uma maior atenção à fábrica de montagem de tractores. Trata-se também de um investimento dos Emirados Árabes Unidos, que resulta dos múltiplos acordos já em funcionamento entre os dois países.

A propósito, o presidente do Conselho de Administração da ZEE, António Henriques da Silva, reiterou na ocasião, que a visita do sheik é a demonstração da abertura e atractividade ao investimento externo.

É de consenso das autoridades angolanas que os investimentos emiratis, manifestados durante a visita, vão também garantir novos e melhores empregos aos nacionais.

“Queremos agora que nas acções futuras, nos próximos passos, se materializem todos estes interesses de forma que possamos criar novos empregos”, disse.

A visita de sua alteza sheik Mohammed Bin Maktoun Bin Juma Al Maktoum foi realizada na última quinta-feira (18), tendo na sexta-feira a comitiva emiratis seguido para a província do Bengo, onde foram constatar as potencialidades e possíveis acordos de exportação da banana produzida pela Fazenda AgroLíder.

 
ZEE gerou 6000 empregos

A Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEE) é um espaço fisicamente demarcado que comporta um perímetro com uma área de 4.717,91 hectares. Esta reserva no município de Viana, em Luanda, é um território destinado à ocupação industrial, constituindo o maior espaço em Angola para a implementação de projectos da indústria. Comporta também um pólo comercial, projectos habitacionais, serviços e outros investimentos. Uma Zona com bastantes recursos para a dinamização da economia angolana.

Até 2025, a ZEE quer ser uma referência nacional no desenvolvimento e gestão de espaços infra-estruturados com qualidade para a instalação industrial, com vista a satisfação dos nossos clientes. Desenvolver e gerir espaços infra-estruturados, actuando de forma ética e segura, fornecendo produtos e serviços com qualidade e confiabilidade, contribuindo para o desenvolvimento de um tecido empresarial fortalecido capaz de substituir importações, exportar, gerar em-prego e renda.

Possui mais de 100 empresas instaladas, cerca de seis mil empregos criados, 49 novos projectos aprovados de 2018 a 2020; há 10 novos projectos que foram concluídos, estão 10 unidades em montagem e 29 projectos em fase e implementação.

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