O teatro angolano e português cruzam experiências para levar à cena a peça “Abel, Abel”, do dramaturgo português Augusto Sobral, numa encenação do angolano José Mena Abrantes, que se estreia hoje no placo do Elinga, em Luanda.
A peça, que estará em exibição também na sexta-feira e sábado, resulta de uma parceira entre o Camões – Centro Cultural Português (CCP) em Luanda e o Elinga Teatro.
O objetivo é “estimular o intercâmbio de experiências entre os teatros angolano e português, procurando desenvolver novas abordagens à interpretação de textos de referência da dramaturgia portuguesa“, segundo uma nota do CCP.
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Augusto Sobral (1933-2017) foi dramaturgo, tradutor, encenador e cenógrafo, colaborando em vários espetáculos teatrais como “Notícias do Poder”, “Os Macacões” e “O Caso da Mãozinha Misteriosa”, nos anos de 1970.
“No início da década de 1980, as peças ‘Quem Matou Alfredo Mann?’ (1981) e ‘Memórias de uma Mulher Fatal’ (1982) fizeram do seu nome uma referência como um dos mais importantes autores dramáticos portugueses“, lê-se na nota.
A peça “Abel, Abel” estreou-se no Teatro do Bairro Alto em 1984, e é levada agora à cena em Luanda pela mão do encenador e escritor angolano José Mena Abrantes, com banda sonora composta pelo guitarrista português António Chainho.
Conta no elenco com as interpretações dos atores Vírgula Capomba, Agu Água e Madaleno da Fonseca, cabendo a produção ao Elinga Teatro.
O Elinga Teatro que celebra este ano o seu 33.º aniversário, já encenou e produziu 57 peças de diversos autores internacionais, da África do Sul, Brasil, França, Noruega, Colômbia, Líbano e Portugal.