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ThierryCham encanta com zouk

Com temas “Ocean” bem na costa do oceano que banha Angola, Thierry Henry aqueceu a noite fria de sexta-feira no Miami Beach. O músico brindou os presentes com o Zouk pós-Kassav, onde as misturas do soul e pop music estão presentes, assim como elementos de outros ritmos de Guadalupe e Antilhas.

O tempo do concerto foi inferior a uma hora, mas serviu para os presentes terem uma percepção da actuação na segunda edição do Festival de Kizomba. Thierry, mais uma vez em concerto no país, contou com o acompanhamento da Banda Cana de Açúcar, formação com forte influência do Zouk e bons executantes de Kizomba.

O artista antilhano agradeceu o convite e manifestou  satisfação pela  boa aceitação da sua música em Angola. Em palco fez uma pequena retrospectiva musical, na fase inicial  com temas como “Ocean” e “Nu Blanch” indicaram um concerto repleto de sucessos de Thierry Cham  e com muitas emoções, a primeira não aconteceu, mas a segunda foi uma realidade.

A barreira linguística não impediu a interacção entre a voz romântica do Zouk Love que é Thierry Cham e a plateia, assim como a comunicação com os instrumentistas da formação liderada pelo guitarrista Jorge Semedo. O Zouk Love proporcionou algumas passadas em temas como “Coup de Foudre”, “Lamou” e “J’ai compris”.

O artista levou ao delírio o público feminino com o romantismo e na dramatização em palco com uma pitada de sensualidade reflectida em temas como “Te Séduire”. A influência que o rei da Pop, Michael Jackson, deixou na música antilhana também ficou patente em alguns temas com a dupla de teclistas e as habilidades nos acordes programados.

Na parte final, a vibração veio em “Koute nou pal”, “Falim de loup” e outras músicas mais ritmadas, que marcam a geração de artistas de Zouk pós Kassav. Com o homem da noite estiveram instrumentistas com potencial e que deram confiança ao artista.

Tony, o “puto” guitarrista solo teve muito espaço para brilhar, os teclistas Kayé e Andreson complementaram o trio de jovens que agregaram qualidade. JP, nas congas, e Gabriel, na bateria, mostraram o que os angolanos absorveram da percussão do Zouk. Pitchu, baptizado Picatchu por  Thyerry Cham, levou o seu groove na execução do baixo, enquanto a dupla Sissa e Beny ajudaram nos coros do artista.

Jorge Semedo, na guitarra ritmo e vocalista da Banda Cana de Açúcar, comandou a primeira parte do evento, ao apresentar um reportório variado, com um momento nostálgico ao recordar sucessos da banda familiar, Impactus 4. Antes de ir para os ritmos mais aparentados do Zouk passeou por Sting

Thierry Cham nasceu no ano de 1973 em Saint-Claude, Guadalupe , mas desde a juventude que vive em França, país onde consolidou o gosto pela música e fica mais exposto a vários estilos,   entre os quais pop, a black music americana,  reggae e zouk. O caminho para a profissionalização acontece em 1988 quando participa numa competição de canto organizada pelos Kassav.

 A sua estreia no mercado acontece em 1992 com o álbum  “Kou Doubl ‘Present … Thierry Cham”  e um ano depois surgiu com “Ulme Confession”, mas a projecção acontece com “Nut Blanche” de 1994.  Com este trabalho discográfico conquista o prémio de Melhor Álbum Caribenho no African Music Awards em Libreville (Gabão) no ano seguinte, em 2000.

Depois lançou “Invitation”, “Naturel”, “Mémoires”, “Simplemen”, “Autrement”, “Ma Couleur”, “La  d’où je viens” e vários singles . Estes trabalhos têm uma boa receptividade em Angola.

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