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Hidroeléctricas angolanas vão ser reabilitadas

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) está a elaborar um plano de mil milhões de dólares para a reabilitação de 12 centrais hidroeléctricas africanas, uma operação na qual se incluem centrais angolanas.

O anúncio foi feito pelo chefe da Divisão de Energias Renováveis do BAD, João Cunha, citado, ontem, da Cidade do Cabo pela agência Reuters.

O plano visa elevar a capacidade de 12 hidroeléctricas, envolvendo, além de Angola,  centrais como a de Kainji, de 760 megawatts (MW), na Nigéria, Sol Plaatje, de 2,7 MW, na África do Sul, bem como companhias do Sudão, Zâmbia e República Democrática do Congo.

Com as obras projectadas para Junho de próximo ano, espera-se que, com as actualizações, as centrais intervencionadas gerem uma capacidade adicional de 570 MW.

As actualizações podem, ainda, “acelerar a transição energética”, disse João Cunha, indicando que a reabilitação vai incluir a reposição de peças sobressalentes, componentes obsoletos e manutenção, em centrais maioritariamente construídas nos anos 1950.

Um estudo em Agosto solicitado pelo BAD à Associação Internacional de Energia Hidroeléctrica (IHA) concluiu que, das 87 centrais de África, 21, com uma capacidade total de 4.600 MW, necessitam de reabilitação urgente no valor de dois mil milhões de dólares. Outras 31, totalizando 10 mil MW, precisariam de obras na próxima década. “África enfrenta uma crise energética, com oferta limitada, especialmente de energia renovável”, disse Anton-Louis Olivier, presidente da IHA.

O continente tem cerca de 300 novos projectos hidroeléctricos planeados. No entanto, Matthias Wildemeersch, investigador sénior do Instituto de Mudança Ambiental de Oxford, disse que a escassez de água ligada às alterações climáticas prejudica “a viabilidade económica de novos projectos hidroeléctricos em toda a África”.

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