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BDA financia empresários com 4 mil milhões de kwanzas

O Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) financiou, até ao momento, vários projectos de empresários da província do Cunene com valores estimados em mais de quatro mil milhões de kwanzas. Este dado foi avançado pelo director da Região Sul.

Vivaldo Quitongo apresentou aos empresários, em Ondjiva, na província do Cunene, as condições exigidas para a obtenção de financiamento, cumprimento dos prazos de reembolso e a situação actual dos devedores. O gestor abordou o assunto no primeiro encontro entre a classe empresarial local e o Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Em-presas (INAPEM), promovido pelo Gabinete Provincial de Desenvolvimento Económico Integrado.

Neste encontro, o BDA apresentou o ponto de situação dos produtores financiados no âmbito do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).

De acordo com o director regional Sul, o BDA continua a financiar os empresários e a apoiar a Agência da   Província da Huila, que responde, também,  pelas províncias do Namibe e Cunene.

Neste momento, disse o gestor, estão a realizar um conjunto de visitas aos clientes beneficiários e àqueles que apresentam condições exigidas pelo banco para serem financiados.

Aproveitou esclarecer que não existe um valor definido para cada província, mas que se pretende captar um elevado número de clientes na solicitação dos créditos, uma vez existir capacidade de resposta do banco para o devido financiamento.

Gabinete Integrado

O director provincial do Gabinete para o Desenvolvimento Económico Integrado, Or-lando Kamati, disse que o encontro teve como finalidade analisar o ponto da situação sobre o financiamento à economia da província, dar a conhecer os serviços feitos em Angola, e apresentação dos produtos financeiros do Banco de Desenvolvimento de Angola ao nível da Região Sul. Orlando Kamati fez saber que foram financiados na província do Cunene de 2020 a 2022 um total de 71 projectos, sendo 54 empresas e o restante cooperativas, desses 35 na área da Agricultura, 20 no Comércio, dez na Pecuária e outros nas pescas e Indústria Transformadora.

Orlando Kamati deu a conhecer que está prevista a conclusão do Mercado Abastecedor de Oshomukwiyu e a construção de equipamentos económicos, com destaque para o Serviço Integrado de Reconversão da Economia Informal, dos Armazéns Rurais Integrados nos corredores de produção do Cunene, Base Logística de Santa-Clara, Pólo de Desenvolvimento Industrial, projectos da Zona Económica Especial e da Zona Franca da orla fronteiriça entre Angola e Namíbia.

PRODESI é uma mais-valia

O director provincial do Ga-binete de Desenvolvimento Económico Integrado do Cu-nene, Orlando Kamati, fez saber que o PRODESI foi criado com objectivo de potencializar e incentivar as empresas e cooperativas para aumentarem a produção e a produtividade de bens alimentares, de modo a contribuir para o crescimento da agricultura empresarial e familiar enquanto factor indispensável no combate à fome e à pobreza, e o reforço da segurança alimentar.

Realçou que o programa é operacionalizado através de três linhas de crédito, sendo a do Alívio Económico, Aviso 10 e o Programa de Apoio ao Crédito (PAC).

Acrescentou que para o Crédito Alivio Económico foram financiados 26 projectos e 16 cooperativas, o Aviso 10 beneficiou apenas um projecto de transformação de cereais, e o Programa de Apoio ao Crédito abrangeu 43 projectos e duas cooperativas.

Adiantou que dos 71 projectos financiados o sector que mais financiamento recebeu são os da Agricultura e do Comercio e distribuição.

Na ocasião, o chefe do Serviço Provincial do Instituto Nacional de Promoção de Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) no Cunene, José de Carvalho, disse que as empresas que aderem aos serviços e créditos no âmbito do PRODESI devem dirigir-se ao INAPEM para a obtenção dos pacotes da Classificação das Actividades Económicas de Angola (CAE) e o Valor Acrescentado Nacional (VAN).

O director do INAPEM disse ainda que para a adesão ao Serviço Feito em Angola é ecfetiva por via da emissão de uma licença dos serviços em nome da empresa aderente, que permitirá a sua inserção na base de dados, após o pagamento do emolumento de adesão.

Realçou que para o crédito ao BDA dentro do pacote do PRODESI os documentos necessários são: a certidão comercial, número do CAE, alvará comercial, modelo de prestação de contas ao Estado, ficha de cálculo do VAN preenchida pelo INAPEM, certidão de não devedor pela Administração Geral Tributaria (AGT) e certidão contributiva (INSS).

Teodoro Mwavalulange, gestor e dono da empresa “Okashana Investimento”, do ramo da agropecuária, existente há três anos, localizada na localidade de Ochimolo, foi contemplado com o financiamento no âmbito do PAC para dinamizar o aumento do capital da empresa, bem como o fomento na compra de animais para criação e comercialização

Realçou que o crédito foi feito este ano e ainda está na fase embrionária e acredita que vai honrar com o compromisso de reembolsar o banco para posteriormente fazer outro. Depois de receber os valores à empresa foram-lhe dado 15 meses de carência para reembolsar durante seis anos. O investidor agradeceu o gesto do Executivo angolano na criação do PRODESI que só veio para facilitar a vida das empresas que muitas delas só estavam à espera dos créditos para poderem evoluir.

Já o responsável da em-presa “Malakidi Zola”, disse que conta apenas com seis funcionários e está inclinado no ramo do Comércio de bens alimentares e outros, e beneficiou do crédito no âmbito da PRODESI em 2020 num valor de 31 milhões de kwanzas. Realçou que o valor do crédito foi destinado a reforçar a capacidade de stock de produtos com vista ao aumento do volume de negócio em toda a localidade.

O responsável da empresa afirmou que vai reembolsar o tempo que for necessário se não houver imprevistos. Disse que depois de beneficiar o crédito o número de funcionários aumentou de seis para 12 e perspectiva empregar mais pessoas, sobretudo jovens.

REUNIÃO DE CONCERTAÇÃO
Directora do BAD vai ao Ministério das Finanças

A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, recebe, hoje, em audiência, a directora-geral do Banco Africano de Desenvolvimento.

Segundo uma nota en-viada ao Jornal de Angola, o encontro vai abordar aspectos da cooperação entre as instituições.

Consta ainda da agenda de reunião, avaliação de projectos financiados e os que poderão, no futuro, vir a contar com a contribuição da instituição africana.

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