A Assembleia Nacional de Angola aprovou hoje o envio de militares angolanos para apoiar o combate ao terrorismo em Moçambique integrados na Força em Alerta da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
A resolução aprovada hoje decorre de uma solicitação do Presidente de Angola, João Lourenço, enquanto comandante-em-chefe das Forças Armadas Angolanas.
A comitiva angolana será composta por dois oficiais, no âmbito do mecanismo de cooperação regional, oito oficiais no Comando da Força e dez tripulantes da aeronave de projeção aérea estratégica do tipo IL-76.
A matéria foi analisada na véspera em reunião conjunta das Comissões de Trabalho Especializadas, de Defesa, Segurança Ordem Interna, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria; de Assuntos Constitucionais e Jurídicos; e de Relações Exteriores, Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas no Estrangeiro, que recomendaram à Assembleia Nacional que se pronunciasse favoravelmente quanto ao envio da componente angolana da Força em Alerta.
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O mandato de uma “força conjunta em estado de alerta” da SADC para apoiar Moçambique no combate contra o terrorismo em Cabo Delgado foi aprovado em 23 de junho, numa cimeira extraordinária da organização em Maputo que debateu a violência armada naquela província do Norte do país.
Em Cabo Delgado, já se encontra um contingente de mil militares e polícias do Ruanda para a luta contra os grupos armados, no quadro de um acordo bilateral entre o Governo moçambicano e as autoridades de Kigali.
Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo Estado Islâmico.