O Corredor do Lobito será uma plataforma para a troca de experiências entre fazedores da cultura da Zâmbia, República Democrática do Congo, Zimbabwe e Angola afirmaram, na última semana, vários artistas locais ao Jornal de Angola.
A visão foi descrita por poetas, artistas plásticos, pintores e dançarinos que estiveram na final da III edição do concurso de trova “Cantar Agostinho Neto”, cuja fase provincial decorreu na Oficina Artesanal junto à Praia Morena.
Segundo o delegado provincial da Brigada Jovem de Literatura de Angola em Benguela, Elias Ukuahamba, que falava ao Jornal de Angola, o Corredor do Lobito além da vertente económica permite o intercâmbio com turistas de outras localidades de comboio à semelhança do que já acontece com o Rovos Rail.
Para si quem sai a ganhar é o turismo cultural da província de Benguela e o país no geral.
Por sua vez, a poetisa, Júlia Lima, considerou o corredor do Lobito uma mais-valia, uma vez que possibilita o contacto com povos revestidos de ancestralidade.
“Esta é a humanidade que se faz de África é a partir da própria ancestralidade”.
A plataforma abre portas, igualmente, para uma parceria universal e que as pessoas de diferentes partes do mundo possam ser acolhidas e as áreas da cultura, literatura, poesia, música, turismo religioso e desportivo ganhem com isso.
Realçou, ainda, que uma das vantagens do Corredor do Lobito é que os oceanos se irão cruzar, os artistas cantar e portas serão abertas para as mães zungueiras e aqueles que pintam com as canetas e lapidam “o ecoar da equação” para que o Lobito um dia seja a porta central de Angola “para o universo das nações”.