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[EXCLUSIVO] Especialistas defendem a introdução da história de Baixa de Cassanje nos manuais escolares

A introdução nos manuais escolares dos acontecimentos de 4 de janeiro de 1961, com vista a adoptar as gerações vindouras de conhecimentos sobre a luta de descolonização de Angola deve ser uma das revisões que o Estado Angolano deve fazer em todo o sistema de ensino, de acordo com vários especialistas ouvidos pela RÁDIO NOVA 102.5 FM.

Para o historiador Nelson Guia, falando em exclusivo ao programa NOVA MANHÃ, devia-se começar já no programa currícular do segundo ciclo do ensino secundário, visto que a mesma “marca um momento importante da história de Angola, pois reflecte a determinação dos angolanos contra a exploração e a opressão portuguesa”, salientou.

Já para o economista João Raimundo, falando também para a nossa estação emissora, reflete que deve-se fazer mais exploração econômica na região de Baixa de Kassange e a criação de condições para que seja uma zona de atração turística, bem como apela ao governo a criação de políticas para o local histórico.

Segundo historiadores, a revolta da Baixa de Cassanje começou em Outubro de 1960, quando os camponeses recusaram receber sementes para plantarem em Janeiro. A 4 de Janeiro tem lugar a Revolta da Baixa de Cassanje, com a participação de milhares de trabalhadores dos campos de algodão da companhia luso-belga Cotonang.

As duras condições de trabalho e de vida e a constante repressão foram os principais factores que deram origem à sublevação. Os trabalhadores decidiram fazer greve e armaram-se de catanas e canhangulos (espingardas artesanais). Em resposta, a força aérea portuguesa lançou bombas incendiárias provocando milhares de mortos.

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