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Fábricas do Grupo CIF vão a concurso para privatização

As fábricas do conglomerado empresarial CIF, arrestadas no âmbito do programa de recuperação de activos construídos com fundos públicos, mas em posse de titulares privados, entram, a partir de hoje até 13 de Março, no leque de empreendimentos colocados a concurso para a sua privatização.

Trata-se das fábricas de Cimento “CIF Cement” e Centro de Logística (CIF Logística), localizados em Icolo e Bengo; também a fábrica de cerveja CIF Lowenda, em Icolo e Bengo, e fábrica de montagem de automóveis “CIF CSG Automóveis”, na Zona Económica Especial (ZEE).
Um anúncio do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) dá conta da abertura, hoje, das candidaturas para a concessão dos referidos activos.
A opção, para os referidos activos (unidades industriais), foi o Concurso Limitado por Prévia Qualificação na modalidade de alienação de activos, via leilão electrónico.
Activos Unitel e BFA
O Governo pretende privatizar a operadora de telecomunicações Unitel, bem como o Banco de Fomento de Angola (BFA) e a filial angolana do Standard Bank Group, indicou em entrevista à Bloomberg o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, citado pelo Negócios de Portugal.
“Nos próximos meses vamos privatizar a operadora de telecomunicações Unitel”, disse o governante em Davos, onde participou do Fórum Económico Mundial em representação do Presidente da República, João Lourenço.
“Parte dessa privatização será feita através da Bolsa”, detalhou, pelo que a saída do Estado da empresa será feita também com a venda de parte do capital de forma directa.
Além da Unitel, deverão ainda ser alienadas as participações no Banco de Fomento Angola e na filial do Standard Bank Group, acrescentou.
Petróleo e diamantes
Sobre a abertura do capital da petrolífera estatal Sonangol e da diamantífera Endiama, José de Lima Massano indicou que ainda não é possível avançar um calendário.
“Ainda estamos a trabalhar nisso. A vontade exis- te”, disse.
“Estas empresas requerem algum trabalho interno que está a ser feito pelas respectivas administrações para que quando forem ao mercado entreguem o que foi prometido”, concluiu.
Presença no BCP e Galp
De acordo com o Negócios de Portugal, já quanto às participações detidas em duas das principais cotadas portuguesas – BCP e Galp – Massano reiterou que Luanda irá manter as participações.
Angola controla, através da Sonangol, 19,5 por cento do capital do banco liderado por Miguel Maya e tem uma participação indirecta na Galp através da Amorim Energia, que detém 37 por cento da petrolífera.
“O desempenho desses activos é positivo. Não vemos necessidade ou temos qualquer objectivo estratégico de sair dessas empresas”, rematou o ministro de Estado.

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