A Itália aprovou, na última semana, a disponibilização de de até 320 milhões de dólares (1 USD vale 852 kwanzas) para investir na construção de infra-estruturas ferroviárias no Corredor do Lobito, com vista à promoção do desenvolvimento sustentável de projectos a serem executados ao longo desta linha férrea.
O país europeu decidiu juntar-se aos esforços dos Estados Unidos da América (EUA) e da União Europeia (UE), para promover o desenvolvimento sustentável nesse corredor, que liga Angola, Zâmbia, República Democrática do Congo (RDC) e outros países da África Austral, segundo uma nota de imprensa a que a ANGOP teve acesso esta segunda-feira.
O documento avança que a aprovação do referido investimento resulta de uma decisão saída da reunião de líderes do Grupo de sete países mais industrializados do mundo, denominado G7, e do sector privado desta organização, ocorrida no dia 13 deste mês.
Citado na nota, a presidente do Conselho de Ministros da Itália e do G7, Giorgia Meloni, que anunciou a disponibilização do respectivo investimento, disse que o valor aprovado será investido na construção de uma nova secção ferroviária de 800 quilómetros.
Conforme a nota, os EUA também se comprometeram a outro financiamento, no valor de 250 milhões dólares, para a modernização tecnológica e logística do corredor, incluindo sistemas avançados de gestão de transporte e segurança.
O objectivo desse investimento é garantir que a linha férrea seja eficiente, segura e tecnologicamente avançada, lê-se na nota.
Na mesma senda, o Reino Unido também anunciou um compromisso adicional de mais de 50 milhões de dólares para apoiar projectos de infra-estrutura de energia limpa e transmissão, além de levantamentos geológicos ao longo do Corredor do Lobito.
O documento refere que estes levantamentos são essenciais para identificar e utilizar de forma eficaz os recursos naturais presentes na região, promovendo um desenvolvimento sustentável em África.
Na ocasião, o G7 considerou o Corredor do Lobito como um projecto ambicioso e visto como um catalisador para o desenvolvimento económico, facilitando o transporte de mercadorias e promovendo a conectividade entre os mercados regionais e globais.
Fazem parte dos sete países mais industrializados do mundo a Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão e Reino Unido.