O ex-Presidente sul-africano Jacob Zuma, destituído em 2018 por corrupção pelo partido no poder Congresso Nacional Africano (ANC), acusou o sucessor Cyril Ramaphosa de faltar com o compromisso da restituição da terra.
“Quando Ramaphosa foi eleito, pela primeira vez, decidimos que a terra deveria voltar aos legítimos proprietários; dissemos que o Banco Central deveria ser propriedade do Estado e muitas outras coisas, mas a liderança (do partido) não implementou o que decidimos”, afirmou o antigo Chefe de Estado sul-africano, citado pela Lusa.
Jacob Zuma, de 81 anos, que tem vários processos na justiça, incluindo um caso de alegado suborno, com mais de vinte anos, com o grupo de armamento francês Thales, em 1999, quando era vice-presidente da África do Sul, acusou a liderança do ANC de “desrespeitar a vontade dos delegados”.
O ex-Presidente da África do Sul anunciou recentemente o apoio a um novo partido radical, denominado Umkhonto We Sizwe, como o antigo braço armado do ANC, conhecido também por ‘MK’ (1961-1993), para “garantir que o partido no poder não obtenha a maioria de 51%”, necessária para governar nas eleições gerais de 2024, refere a mesma fonte.