O Presidente da República, João Lourenço, destacou, quarta-feira, na inauguração do Centro de Ciência de Luanda (CCL), que a instituição vai envolver os jovens com a parte prática do conhecimento científico, contribuindo, deste modo, para a sua integração no processo de desenvolvimento tecnológico do país.
Em declarações à imprensa, João Lourenço, em relação à evolução da infra-estrutura tecnológica de museu para centro, esclareceu que tem a ver com a necessidade de se dar um maior contributo aos jovens. “Os museus são mais estáticos, e a sua ligação com o visitante é quase que exclusivamente pelo olhar e explicação prévia”.
Na cerimónia de inauguração, prestigiada pela Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, e pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, o Primeiro-Ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, e demais convidados, o Chefe de Estado realçou, a propósito, que um Centro de Ciências é mais interactivo, onde o visitante ou utente tem a possibilidade de participar directamente nos processos que ele encontrar.
Acrescentou que os centros desta natureza permitem maior interacção com a parte prática da ciência, proporcionando experiências em relação à forma como se produz o conhecimento científico. “O Centro acaba por ser mais educativo, por envolver directamente os visitantes”.
No que concerne, por exemplo, à produção do sabão, enfatizou o Presidente João Lourenço, os jovens, estudantes ou os cidadãos que visitarem o Centro de Ciência de Luanda acabarão por fazer parte do processo de produção da pequena barra de sabão. “O que encontramos em todas as salas, de forma geral, dão à possibilidade ao visitante tocar e manusear ferramentas e técnicas, montar coisas, puxando pela sua curiosidade e inteligência”.
Realçou, nesse sentido, a necessidade de manutenção da infra-estrutura para manter a funcionalidade do Centro, tendo em conta o grande investimento para a sua edificação, cujo valor está orçado em 10 mil milhões de kwanzas.
O Titular do Poder Executivo considerou fundamental a preparação e capacitação de quadros para enriquecer o património e manter o funcionamento permanente do CCL. “Concluir projectos é muito importante, mas, mais importante do que isso, é garantir a sua continuidade com a qualidade requerida”.
Em relação à possibilidade de se replicar noutros pontos do país, o Presidente João Lourenço disse que um Centro com esta envergadura não precisa de ser espalhado pelo país. “Precisamos, sim, criar condições para que um maior número de cidadãos, sobretudo jovens e estudantes em particular, tenham a possibilidade, de uma vez ou outra, visitarem o Centro”.
Para tal, partilhou que a direcção do Centro de Ciência de Luanda vai interagir com as diferentes instituições, não apenas as de educação e ensino, para “proporcionar essa possibilidade a todos, sem importar onde vivem”.
O Chefe de Estado, acompanhado da Primeira-Dama da República, percorreu cada compartimento que compõe o Centro de Ciência, desde o Borboletário, a sala de exposições e de cinema, o laboratório, planetário, entre outros, onde teve a oportunidade de interagir com os jovens e crianças da Fundação Arte e Cultura.