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Jogos Olímpicos Paris´2024: Pérolas adiam qualificação para os quartos-de-final

A Selecção Nacional sénior feminina de andebol falhou esta quinta-feira a passagem aos quartos-de-final do torneio olímpico de Paris´2024, após ser goleada, 24-38, pela similar de França, em jogo que marcou a quarta jornada do grupo preliminar B e hipotecou a possibilidade de qualificação aos quartos-de-final. A Equipa Nacional já perdia por 14-18, ao intervalo.

Determinadas a “resolver” o irritante, que têm sido os jogos diante das angolanas, particularmente nos campeonatos do mundo de 2007, em que foram derrotadas em casa, e de 2023, em que suaram às estopinhas para vencer pela margem mínima, 30-29, as da casa vieram com a lição estudada, trabalharam no scouting, municiadas com informações sobre todos os “pontos fracos” das Pérolas, e partiram para cima delas.

Deixaram a nu a questão da fragilidade de recuperação defensiva, por parte das angolanas. Além de estarem bem documentadas, as anfitriãs chamaram meia cidade, para transformar o Arena Sud 6 de Paris numa má lembrança para Angola, depois de ter sido muito feliz em Metz, quando derrotou as francesas.

A Selecção Nacional deu sinais de que não estava para o jogo, ao demorar mais de três minutos para marcar o primeiro golo e presentear a assistência com um show de erros e falhas técnicas de quase oito minutos, quando marcou o segundo golo, aos 10 minutos. A França já ia com sete, nessa altura.

A equipa angolana espevitou-se, a meio do primeiro turno, mas o melhor que conseguiu foi chegar a dois golos de diferença, 11-13, avanço que foi repelido pelas anfitriãs, até fixarem os números ao intervalo.

O repouso, pareceu, não beneficiou às africanas. As dominadoras do Continente Negro estabeleceram uma cadência de quase um golo, a cada quatro minutos. Albertina Cassoma que tinha apontado 9, no jogo anterior, estava manietada pela defesa. Não fez nenhum golo. Aos 48 minutos, as francesas conseguiram 10 golos de vantagem. No minuto seguinte, Juliana Machado, uma das mais inconformadas, foi expulsa, por jogo à margem das normas.

Carlos Viver, treinador do lado angolano parava o jogo, trocava jogadoras, mas era impossível contrapor a teia montada pelas francesas. Os apupos, vindos das bancadas, pioravam a condição da selecção nacional.

“Hoje foi um dia mau, mas temos oportunidade de fazer um jogo histórico com o Brasil para decidir a nossa continuidade”, garantiu Carlos Viver.

Às Pérolas, resta vencer, ou, no mínimo, empatar, diante do Brasil, amanhã, se quiserem passar de fase. Com a Espanha de fora, sem qualquer vitória, a última vaga do grupo vai estar em disputa entre os dois conjuntos falantes da língua portuguesa. Angola ocupa a quarta posição com três pontos, enquanto o Brasil está a seguir, com apenas dois.

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