Os líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) concluíram, esta quarta-feira (19), em Brazzaville, que a nova Comissão, órgão executivo chefiado pelo angolano Gilberto Veríssimo, tornou a organização mais dinâmica e tida em conta em vários fóruns internacionais.
O reconhecimento foi feito durante a 20ª sessão ordinária da Cimeira da CEEAC, que contou com a participação do Chefe de Estado angolano, João Lourenço. No encontro, o Presidente congolês, Denis Sassou Nguesso, passou a liderança da organização ao homólogo da RDC, Félix Tshisekedi.
No final, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, disse à imprensa que durante a cimeira foram analisados outros aspectos, entre os quais destacou a questão da contribuição humanitária de integração, a ser adoptada pelos Estados membros.
Sobre este assunto, informou que Angola ainda não aderiu, tal como os demais países da sub-região que decidiram estudar o dossier, acrescentando que só um aderiu. “A organização pretende adoptar um fundo da paz”, disse, reforçando que foi criado também um comité de sábios, para tratar da prevenção de conflitos na sub-região.
Téte António apontou que Angola propôs uma nova forma de proteger os recursos marinhos, por ser importante, realçando a necessidade de saber explorá-los. Outros pontos fundamentais tratados em Brazzaville ontem têm a ver com a ideia de se realizar uma cimeira extraordinária, dedicada à protecção dos recursos marinhos, o combate à pirataria.
Destacou igualmente que o terrorismo mereceu a atenção dos membros da CEEAC, que enalteceram os esforços de Angola para a paz e a segurança na África Central, num encontro em que foi abordada também a regularização das contribuições dos países membros (quotas).
De acordo com o ministro Téte António, neste capítulo, essa cimeira teria um âmbito abrangente: “Proteger os recursos marinhos sim, mas fazer mais do que isso: ganhar expertise para que os países da comunidade saibam explorá-los também. Isso passa por desenvolver o conhecimento desses recursos, a sua exploração sustentada. Ou seja, que não se fique apenas pela simples protecção, sem depois saber o que fazer com eles”, esclareceu.
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