Angola registou, em 2022, um aumento de 53,4 por cento da população adulta (com idades entre 25 e 34 anos), considerada empreendedora early-stage (negócio nascente), contra os 49,6 por cento, apurados no inquérito de 2020.
Este dado consta de um estudo sobre o empreendedorismo em Angola denominado “Global Entrepreneurship Monitor-GEM 22/2023”, promovido pela Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), Banco de Fomento de Angola (BFA) e o Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola (UCAN).
O estudo, que inquiriu 2.148 pessoas com idades compreendidas entre 18 e 64 anos, das províncias de Benguela, Cabinda, Cuanza-Sul, Cunene, Huambo, Huíla, Luanda, Malanje e Moxico, indica que, em 2022, 17,5 por cento dos empreendedores adoptaram tecnologias e soluções digitais para dar resposta à pandemia e 12,1 por cento melhoraram as ferramentas tecnológicas para terem sucesso no negócio.
De acordo com o documento, 52 por cento dos empreendedores prevê utilizar mais tecnologias digitais para vender produtos e serviços, nos próximos seis meses, e 51 por cento concorda em que existem novas oportunidades criadas com a pandemia da Covid-19.
O inquérito indica que 84 por cento da actividade empreendedora em Angola é feita no sector orientado ao consumidor, 63 por cento dos empreendedores de negócios nascentes dá prioridade ao impacto social, ambiental e rentabilidade para o crescimento da empresa.
Aquela que é a nona edição do estudo, refere que 4,1 por cento dos empreendedores não precisa de utilizar as tecnologias digitais de momento, 66,2 por cento considera não ter necessidade de utilizar as soluções tecnológicas para os seus negócios em resposta à pandemia.
O inquérito que visou analisar as aspirações e dificuldades dos empreendedores, bem como as condições estruturais que facilitam ou inibem a actividade empreendedora, declara que 54 por cento dos empreendedores considera mais difícil iniciar um negócio em Angola.
Cinquenta e um por cento de empreendedores de negócios nascentes e 43,7 por cento de proprietários de negócios estabelecidos concorda em que existem novas oportunidades por causa da pandemia. O inquérito revela que estes resultados são superiores à média da região de África e Médio Oriente.
Os dados do estudo indicam que 78 por cento da população adulta em Angola tenciona iniciar um negócio nos próximos três anos.