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Petro de Luanda falha acesso aos quartos-de-final da Liga dos Campeões

A esperança do Petro de Luanda morreu, sábado, nos falhanços de Gilberto, 31´, e Tiago Azulão, aos 45+2´e 68´. A precisar de golos para reviver na Champions, os tricolores desperdiçaram quando não deveriam, para piorar permitiram que o JS Kabylie selasse o apuramento antecipado em pleno minuto 90, quando Mouaki Dadi mostrou a Gilberto como é que deveria ter feito quando tinha o guarda- redes Medjadel pela frente.

A diferença entre tricolores e canários se resume ao lance que definiu a partida e definiu o apuramento antecipado das duas equipas do norte de África, Wydad e JS Kabylie. Os canários guardaram o melhor para o fim, sinal de que nunca perderam a concentração e o discernimento nos largos minutos em que foram encostados às cordas pelos tricolores.

Sem esconder a preferência pelo empate, os canários adoptaram uma paciente atitude de espera, mais do que a matemática infalível do pontito, a equipa argelina foi sempre eficiente nas acções defensivas para não correr atrás do prejuízo.

A intenção de não sofrer primeiro quase causou sérios calafrios ao JS Kabylie porque o Petro conseguiu construir uma estrada para o golo, mas não a finalizou quando parecia estar no fim, senão teria saído ao intervalo em vantagem, mesmo se fosse de dois golos não seria larga demais porque Gilberto e Tiago Azulão tiveram a faca e o queijo na mão.

Mais pressionado pelo resultado, o Petro de Luanda tentou na segunda parte manter o mesmo pensamento da primeira parte, realmente conseguiu manter a bitola e antes da dezena de minutos forçou os canários a simular asa quebrada para forçar a paragem do jogo, para debelar lesões simuladas para quebrar o andamento tricolor.

A esperteza do JS Kabylie surtiu os efeitos desejados, pois a partir do minuto 64´, os canários pela primeira apareceram em campo para discutir o resultado. A maneira como tentou se esticar em campo era sinal evidente de que o plano de jogo do técnico Wassim Moalla era guardar o melhor para o fim.

A maneira como os canários voaram para entrar em jogo quase resultou num auto-golo de Kinito, mas Hugo esteve atento e pela primeira vez sujou o equipamento para defender uma bola difícil. Ainda assim, este lance também ajudou a separar as águas dentro do campo, pois quando minutos depois Tiago Azulão ficou a milímetros do golo, cabeceou ao lado, os adeptos nas bancadas recorreram a pirotecnia para cegar os atletas do Petro de Luanda.

Se o árbitro mandasse parar o jogo, seguramente não estaria a fazer um favor ao Petro de Luanda, combina ou não, a verdade é que a novidade de jogar em meio a fumaça trouxe mais benefícios a quem há muito estava habituado ao truque, tanto é assim que nos derradeiros dez minutos os tricolores literalmente desapareceram porque perderam a fé que move montanhas.

Controlo do jogo

Com o disfarce da bancada a funcionar em pleno, finalmente os canários assumiram o controlo do jogo ainda mais porque começaram a cheirar o golo como nunca antes, em duas ocasiões distintas o estádio quase sofreu um ataque cardíaco quando a bola não entrou na baliza de Hugo, na mais flagrante das oportunidades a recarga de Nait Salem foi às nuvens, com a baliza escancarada.

Neste fase do jogo, só uma equipa tinha realmente o foco nos quartos-de-final, o desnorte do Petro de Luanda tinha razão de ser porque a equipa percebeu que o empate não lhe serviria de consolo. Assim fica fácil perceber por que em pleno minuto 90 a defesa deixou jogar e Mouaki Dadi apareceu isolado e diante de Hugo marcou um golo de belo efeito, um remate fora do alcance do guarda-redes angolano.

A festa do JS Kabylie contrastou com a tristeza do Petro de Luanda, realmente os corpos caídos no relvado depois do golo tinham significados diferentes, a eficiência dos canários garantiu o apuramento antecipado porque o Petro não “quis” marcar!

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