O Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, anunciou terça-feira, em Luanda, que o seu Governo vai reforçar, com mais de 500 milhões de euros, a linha de crédito às empresas com investimentos em Angola.
De acordo com o chefe do Governo português, a referida linha de crédito ainda não está esgotada, assegurando haver, ainda, alguns processos em fase de apreciação e uma quantia significativa disponível para esgotar os dois mil milhões, que até agora eram objecto deste instrumento jurídico.
“Comuniquei ao Presidente João Lourenço que a linha de crédito, que neste momento transcende os dois mil milhões de euros, que o Governo português, através do Banco de Fomento, dá às empresas que têm investimento na sequência de decisões do Governo de Angola, será reforçada em mais de 500 milhões de euros”, disse Luís Montenegro, sublinhando que a decisão deve ser entendida “como sinal de confiança no futuro de Angola”.
O objectivo, de acordo com o Primeiro-Ministro português, é criar um “novo grande impulso nas relações entre os países e nas relações económicas em particular”, assegurando que Portugal é parceiro de Angola em todas as horas e vice-versa.
“Eu próprio não me esqueço, pelas responsabilidades políticas que tive no passado, da forma como o Governo angolano, as empresas angolanas e as instituições angolanas estiveram ao lado de Portugal, num momento de maior aflição financeira, em que a nossa economia estava altamente condicionada”, reconheceu.
Luís Montenegro confessou ser com o mesmo espírito solidário que os portugueses procuram, também, ajudar no crescimento de Angola, no fomento da actividade económica e na transformação dessa actividade em mais e melhores empregos e na criação de condições para mais bem-estar dos angolanos.
Mais de 1.250 empresas, segundo o Primeiro-Ministro, estão a operar em território angolano, produzindo para o mercado interno e, também, para o mercado externo, assim como para países vizinhos de Angola.