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Angolanos que fogem da Ucrânia podem chegar a Luanda este mês

O Governo avalia a possibilidade de fretar um avião para trazer a Luanda, provavelmente nos dias 8 e 9 deste mês, os angolanos que fugiram da guerra na Ucrânia e, até agora, refugiados na Polónia.

A informação, não confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores, foi avançada por uma fonte que acompanha o desenrolar do processo de evacuação e acolhimento dos refugiados angolanos, que, na cidade de Varsóvia, capital polaca, estão hospedados no Start Hotel Aramis. As despesas com o hotel estão a ser inteiramente suportadas pelo Governo angolano, que criou um orçamento para esta operação, com três eixos de actuação: evacuação, acolhimento e transportação para Luanda

As duas datas, avançadas pela fonte como sendo as de saída dos refugiados angolanos da Polónia, estão relacionadas com o fim do prazo de  permanência imposto pelo Governo polaco aos refugiados em trânsito, encontrando-se, nesta categoria, os que, não sendo ucranianos, têm de regressar aos países de origem.

Os refugiados em trânsito só podem permanecer na Polónia por um período de sete dias, horizonte temporal que não abrange os que vão regressar à Ucrânia, entre cidadãos ucranianos e estrangeiros, devendo estes ficar na Polónia durante 15 dias, cujo prazo pode vir a ser prorrogado, se a guerra na Ucrânia se prolongar.

A fonte admitiu que os prazos determinados pelo Governo da Polónia estão dentro de uma lógica de previsibilidade do regresso da paz à Ucrânia num curto espaço de tempo. A lógica polaca pode ser alimentada, como admite, também, a fonte, pela existência de uma “grande pressão” da comunidade internacional sobre a Rússia, para o término imediato da invasão da Ucrânia, que hoje complete uma semana.

Apesar de os angolanos estarem a entrar na Polónia como refugiados em trânsito, sendo este um dos “detalhes do acordo”, a fonte disse que estão a receber vistos com duração de 15 dias, sendo esta flexibilidade do Governo polaco resultante do facto de não haver, ainda, uma “data concreta” para a saída dos refugiados angolanos.

A decisão do Governo angolano de fretar uma aeronave, para trazer a Luanda cerca de 200 compatriotas, pode ser reavaliada, até ao ponto de poder ser encontrado um plano B, se houver um número expressivo de indivíduos que decidam não regressar a Angola.

Se for o caso, os que decidirem pelo regresso a Angola,  que podem vir a ser hipoteticamente uma minoria, já não virão a bordo de um avião fretado, mas de uma aeronave de carreira, devendo o Governo angolano comprar os bilhetes de passagem aérea para a cidade de Luanda.

Independentemente da conjectura, é segura, de acordo com a fonte, a informação de que os angolanos na Polónia não poderão ficar um período superior a 15 dias. A Polónia é o país  com o qual Angola estabeleceu um “contacto e acordo diplomático”, que está na origem da entrada e permanência provisória no território de compatriotas nossos que fogem da violenta guerra na Ucrânia.

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