Andrew Cuomo se demitiu do cargo de Governador de New York após uma polémica que se tem vindo a arrastar, tendo sido formalmente acusado de assédio sexual por 11 onze mulheres, onde Kathy Hochul vai assumir o comando do governo estadual, tornando-se a primeira mulher a ocupar esse cargo.
Com essa demição, escreve o New York Times, marca uma das “quedas mais espantosas da política americana moderna, marca o fim de uma dinastia política e o início de um novo capítulo caótico e incerto no governo em Nova Iorque“.
Apesar disso, lê-se na mesma publicação, o agora ex-governador assumiu um discurso onde, com toda a sua experiência, procurou a redenção dos nova iorquinos, esforçando-se por mitigar a gravidade das acusações de que é alvo, de modo a preservar a sua imagem e o seu legado de dez anos como líder aquela que é a cidade mais importante do país.
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Andrew Cuomo, que é acusado na maioria por ex-funcionárias, pediu desculpa às mulheres que o acusaram, indicando que não sabia que tinha ultrapassado um limite. “Na minha cabeça, nunca passei das marcas com ninguém, mas não me apercebi do quanto essas marcas foram redesenhadas”, disse, referindo que “há mudanças culturais e geracionais às quais não dei o devido valor e devia ter dado. Não tenho desculpa”.
Na sequência da sua demissão, muitas das mulheres responsáveis pela acusação contra Andrew Cuomo decidiram reagir, mostrando-se satisfeitas pelo resultado final da sua coragem.
A advogada de Alyssa McGrath e Virginia Limmiatis fez saber que as clientes “sentem que se fez justiça e estão aliviadas por Cuomo não estar mais numa posição de poder sobre ninguém“.
“Os seus esforços, através do seu advogado, ao longo dos últimos dias, para afrontar e atacar as mulheres corajosas que se chegaram à frente, aparentemente não serviram para nada“, dizem à NBC.
Karen Hinton – uma antiga assistente de Cuomo que disse que o governador a convidou para o seu quarto de hotel em 2000 – elogiou as realizações progressivas do governador em questões como a igualdade matrimonial, o salário mínimo e a licença familiar, mas acredita que os seus “próprios defeitos” o derrubaram.