O Tribunal de Comarca de Luanda dá início, hoje, a fase das alegações do processo número 230/22-A, em que o major Pedro Lussaty e os outros arguidos são acusados da prática de 13 crimes, entre os quais peculato, associação criminosa de forma continuada, recebimento indevido de vantagens, abuso de poder e participação económica em negócio.
De acordo com o juiz da causa, Andrade da Silva, a fase de produção de provas terminou ontem, com a inquirição de duas funcionárias da 12ª Brigada de Desminagem, instalada na Centralidade do Sequele, em Luanda.
Solicitadas para depor pela defesa do co-réu Emanuel Evaristo Pacheco, as testemunhas Luísa Fernanda Duite e Victória Kitongo Campos esclareceram em tribunal aspectos ligados às actividades que exerciam na 12ª Brigada de Desminagem.
O julgamento do processo número 230/22-A, designado “Caso Lussaty”, teve início, a 28 de Junho deste ano, depois da detenção do major Pedro Lussaty, com avultadas somas de dinheiro e artigos de luxo, no âmbito da “Operação Caranguejo”.
Segundo o esclarecimento do advogado António Dionísio, a fase das alegações compreende o momento em que o Ministério Público e a Defesa vão explicar em tribunal todos os factos recolhidos à volta do processo 230/22-A.
Depois das alegações, frisou o advogado, segue a fase dos quesitos, em que o Tribunal de Comarca de Luanda vai determinar o que ficou ou não provado no processo em julgamento.