O Porta-voz da Comissão Multissectorial para o Censo Geral da População e Habitação, Hernâni Luís, garantiu, terça-feira, em Luanda, que o Censo Geral não vai interromper o processo normal de aulas.
“O Ministério da Educação tem uma engenharia muito própria para permitir que alguns professores participem na operação e também consigam salvaguardar aquilo que são exactamente as suas obrigações com os estudantes, e os estudantes também manterem a sua obrigatoriedade de atender às aulas”, apontou.
Hernâni Luís, que falou no fim da reunião da Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo Geral da População e Habitação que avaliou os trabalhos desenvolvidos para a realização do processo.
“O sector da Educação colocou à disposição mais de mil escolas quer do Ensino Médio, como Superior, para poder albergar os formandos nesse período de formação, que está a ser ministrada pelos Assistentes Técnicos Locais (ATL)”, avançou o responsável, assegurando que estão todos mobilizados com o apoio dos governadores provinciais e administradores municipais, no sentimento de que a partir deste mês, o país vai voltar a contar após dez anos.
O encontro foi orientado pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, na qualidade de coordenador da comissão.
O ministro foi informado sobre os trabalhos desenvolvidos para a recolha dos dados populacional e habitacional em todo o país, tendo, de forma geral, considerado positivo do ponto de vista da execução.
Hernâni Luís, referiu que, neste momento os trabalhos estão voltados para a última etapa do processo formativo, com a formação dos agentes de campo.
O Censo, explicou, é um processo combinado, e está a contar com vários intervenientes, em que a assistência tem sido dada nas diferentes províncias por parte das autoridades que têm a obrigação de supervisionar e fornecer o necessário para os agentes recenseadores, e todos participantes no processo.
Hernâni Luís reafirmou que está tudo preparado para o arranque do Censo Geral da População e Habitação, reconhecendo, igualmente, o trabalho dos órgãos de Comunicação Social, que têm permitido que a mensagem seja divulgada em todo o canto de Angola.
O também director-geral adjunto do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) ressaltou que, para esta operação, a instituição conta com um total de 79.423 agentes recenseadores distribuídos nas 18 províncias e em todos os municípios do país.
Além do número de recenseadores, acrescentou, o Censo 2024 conta, também, com o apoio do Ministério do Interior e das Forças Armadas Angolanas (FAA), que estão a colocar os seus meios à disposição para permitir a acessibilidade nas zonas mais longínquas e desafiantes.