As duas Coreias, Sul e Norte, retomaram hoje(27/7) a comunicação telefónica 13 meses depois de ter sido cortada unilateralmente pelo Norte em protesto contra o envio de propaganda antirregime por ativistas do Sul.
Os dois países vizinhos, que estão em conflito desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53), decidiram retomar os contactos telefónicos a partir das 02:00 de Angola, informação dada em comunicado pelo porta-voz da presidência da Coreia do Sul, Park Soo-hyun.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, trocaram cartas, várias vezes desde abril último, para discutir o restabelecimento das relações intercoreanas, de acordo com a mesma nota.
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O comunicado ainda acrescenta que “os dois também concordaram em restabelecer a confiança mútua entre as duas Coreias o mais rapidamente possível e fazer novos progressos na relação bilateral”.
De informar também que a agência noticiosa estatal da Coreia do Norte, a KCNA, divulgou o restabelecimento das comunicações e da correspondência entre os líderes dos dois países.
A KCNA indicou que “toda a nação coreana deseja ver a relação Norte-Sul recuperar dos reveses e da estagnação” e que o reinício das trocas “terá efeitos positivos na melhoria e no desenvolvimento das relações Norte-Sul”.
Em 9 de junho do ano passado, Pyongyang suspendeu as comunicações telefónicas com o Sul, argumentando que Seul não tinha feito o suficiente para impedir o envio de balões de propaganda a partir do seu território.
Pouco depois, Pyongyang destruiu o edifício do gabinete de ligação intercoreano local e bloqueou o diálogo entre os dois países, retomado em 2018, menos de um ano depois de Moon se ter tornado presidente na Coreia do Sul.
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O restabelecimento da comunicação surgiu depois de o regime de Pyongyang ter passado mais de um ano em extremo isolamento a tentar combater a pandemia de covid-19 e de ter admitido recentemente uma “crise alimentar”, agravada pela onda de calor que atingiu a península coreana nas duas últimas semanas.